Por Heraldo Palmeira
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7 de novembro de 2024

1958 Brasil nas Copas

Bola Top Star (Copa 1958)/Divulgação

1958 Brasil nas Copas

  • Sylvio Maestrelli

A Copa do Mundo de 1958 foi realizada na Suécia. Vencedor: Brasil.

O mundo assistiu com assombro as performances da dupla espetacular de atacantes brasileiros, Pelé e Garrincha. Eles foram fundamentais para levar o escrete à final Brasil 5×2 Suécia. Era o início de uma história de conquistas brasileiras em Mundiais.

Após a eliminação nas quartas de final para a Hungria em 1954, a palavra de ordem na Seleção Brasileira era “organização”. Pela primeira vez na história, o Brasil deu total suporte ao seu técnico (Feola) e aos seus craques. Foi formada uma Comissão Técnica com especialistas (médico, massagista, preparador físico, dentista, nutricionista etc.) e elaborado um rígido regulamento disciplinar para os atletas (Plano Paulo Machado de Carvalho).

Após uma difícil eliminatória em 1957, contra o Peru, 1×1 em Lima e decidida por 1×0 no Maracanã (gol de falta de Didi), uma preparação meticulosa em Minas Gerais (Poços de Caldas e Araxá) nos permitiu acertar o time, que contava com o surgimento de novos craques, como um garoto de apenas 17 anos, Pelé, que se tornou o maior jogador de futebol de todos os tempos. As eliminatórias foram tão difíceis no mundo todo, que seleções como a Espanha (com Di Stéfano e Kubala entre outros craques), Itália (que contava inclusive com campeões mundiais uruguaios naturalizados – Ghiggia, o carrasco do Brasil no Maracanazzo de 1950, e Schiaffino) e o Uruguai nem chegaram àquela Copa.

Então, contando com uma geração de supercraques (para muitos especialistas, a melhor da história do futebol brasileiro), nossa seleção venceu invicta a Copa de 1958, realizada na Suécia. Ganhou nosso primeiro campeonato mundial enfrentando somente poderosas equipes (Áustria, Inglaterra, URSS, País de Gales, França e Suécia), com direito a show e goleada de 5×2 sobre a anfitriã, na final. E sem Julinho Botelho (Fiorentina) e Evaristo (Barcelona), craques que brilhavam no futebol europeu.

FORAM PARA A COPA OS FUTUROS CAMPEÕES

Goleiros – Gilmar (Corinthians) e Castilho (Fluminense)

Defensores – Djalma Santos (Portuguesa), De Sordi (São Paulo), Belini (Vasco), Mauro (São Paulo), Orlando (Vasco), Zózimo (Bangu), Nilton Santos (Botafogo) e Oreco (Corinthians)

Linha média – Zito (Santos), Dino Sani (São Paulo), Didi (Botafogo) e Moacir (Flamengo)

Atacantes – Garrincha (Botafogo), Joel (Flamengo), Vavá (Vasco), Mazzola (Palmeiras), Pelé (Santos), Dida (Flamengo), Zagalo (Flamengo) e Pepe (Santos)

NOTA: Inicialmente cotados para estarem entre os 22 como titulares, os craques Julinho Botelho (Fiorentina) e Evaristo (Barcelona) não foram liberados por seus clubes, pois Itália e Espanha haviam sido desclassificadas nas eliminatórias e seus campeonatos nacionais prosseguiram durante o evento. Por isso, nem ficaram entre os 40 pré-selecionados.

LISTA DE ESPERA (OS DEMAIS, COMPLETANDO 40)

Goleiros – Carlos Alberto (Vasco) e Ernani (Bangu)

Defensores – Olavo (Santos), Jadyr (Flamengo), Cacá (Botafogo), Altair (Fluminense) e Riberto (São Paulo)

Linha média – Chico Formiga (Palmeiras), Roberto Belangero (Corinthians), Pampolini (Botafogo), Luisinho (Corinthians) e Zizinho (São Paulo)

Atacantes – Dorval (Santos), Sabará (Vasco), Pagão (Santos), Gino (São Paulo), Almir Pernambuquinho (Vasco) e Canhoteiro (São Paulo)

*SYLVIO MAESTRELLI, educador e apaixonado por futebol

Acompanhe aqui nossa série sobre a participação do Brasil em todas as Copas

https://giramundo.blog.br/category/esportes/

Fontes

Gazeta Esportiva, Placar, Imortais do Futebol, Folha de S.Paulo, O Globo, O Estado de S. Paulo, Todas as Copas do Mundo (Orlando Duarte), Futebol Coruja, Futebol Clássico, FIFA, CONMEBOL, CBF, Lance, OGOL.COM.BR, Trivela, Jornal dos Sports e outros

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