Annie Leibovitz (campanha Louis Vuitton)/Divulgação/Instagram
Messi nas arábias?
- Heraldo Palmeira
A Copa do Catar parece ter sido um divisor de águas para o futebol no Oriente Médio e o esporte em geral – o país já pleiteia sediar uma edição das Olimpíadas.
Como o céu dos petrodólares não parece ter limite, circulam rumores de que Messi, que já atua como embaixador do turismo da Arábia Saudita, estaria na mira de dois clubes sauditas rivais, o Al-Hilal (Riad) e o Al-Itihad (Jedah). A base financeira é ainda mais espetacular do que a oferecida ao rival Cristiano Ronaldo: € 350 milhões (R$ 1,9 bilhão) por temporada.
Se o mundo ficou boquiaberto com os € 200 milhões (R$ 1,1 bilhão) por temporada pagos pelo Al-Nassr (Riad) para contratar o português, sua chegada ao país tem provocado uma onda de notícias promissoras nos bastidores da bola nas areias escaldantes das mil e uma noites. Em razão do interesse coletivo, os clubes devem contar com a ajuda oficial na hora de pagar contas desse nível.
Como dinheiro não é o problema e as ambições do governo de inserir o país no calendário mundial do futebol são estratosféricas – pretende sediar a Copa do Mundo 2030 –, parece um investimento “barato” para ter jogadores de grande impacto no esporte e na mídia internacional, que, além de jogar bola, sirvam como embaixadores dos interesses sauditas junto à FIFA, COI, indústria do turismo e ambientes de negócios.
Em consequência de irregularidades anteriores, os dois clubes supostamente interessado em Messi ainda enfrentam restrições da FIFA e só poderão contratar novos jogadores a partir do segundo semestre. Até lá, seguirão fervendo o mercado da bola, as especulações e a bolsa de apostas de governantes, dirigentes e torcedores.
Caso a transferência se concretize, será mais uma vitória de Messi sobre CR7 num ranking que vai se ampliando muito em favor do argentino. Bolas de Ouro, 7×5. Copa do Mundo, 1×0. Salário, € 200 milhões x € 350 milhões por temporada.
No fim das contas, dois bilionários estarão ainda mais ricos e poderão ajudar a fazer do Oriente Médio o novo eldorado do futebol – em montantes financeiros movimentados –, dando sequência ao que já ocorreu com a China em tempos recentes.
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