Por Heraldo Palmeira
Los Angeles
Nova York
São Paulo
Lisboa
Londres
Fase da Lua
.
.
22 de novembro de 2024

A Semana 39

Ralphs_Fotos/Pixabay

A Semana 39

(Resumo de Mercado – 23 a 27 de janeiro e perspectivas para a semana em curso)

Ibovespa: +0,25% | 112.316 pontos

Na semana que deu início à temporada de resultados do 4T22, o Ibovespa encerrou em alta de 0,3% aos 112.316 pontos. Como destaque positivo, Magazine Luiza (MGLU3) subiu quase 19%, e investidores repercutem a possibilidade de a companhia ocupar a fatia do mercado da Americanas. Além disso, a queda nos juros futuros favorece as empresas cíclicas da bolsa no curto prazo. Na outra ponta, Bradesco (BBDC4) caiu mais de 6% devido à expectativa de resultado ruim e sua posição relevante como credor da Americanas (AMER3).

No Brasil, o destaque foram os dados do IPCA-15 – prévia da inflação mensal – que subiu 0,55% em janeiro, ligeiramente acima das estimativas. No entanto, as medidas de núcleo e difusão da inflação vieram abaixo das expectativas, reforçando o cenário de desinflação gradual na economia brasileira.

Nos EUA, a semana foi marcada por dados econômicos e início da divulgação de resultados das big techs. Na parte de economia, o PIB dos EUA cresceu 2,9% no quarto trimestre, acima das expectativas. A atividade econômica mais forte voltou a catalisar temores em relação à necessidade de uma alta de juros mais agressiva para controlar a inflação. Apesar do PIB ter voltado a crescer nos últimos dois trimestres, economistas acreditam que a economia americana provavelmente entrará em um período de contração em 2023, em meio a uma política monetária significativamente restritiva. O índice de preços de gastos com consumo (PCE) – a medida de inflação preferida do Federal Reserve – subiu 0,1% em dezembro. No acumulado de 12 meses, a inflação avançou 5%. Quando observado apenas o núcleo do índice de preços PCE, excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o resultado de dezembro veio em 0,3%. Ainda que a inflação tenha mostrado um desaquecimento ao longo do ano, segue superior à meta de 2% estabelecida pelo Fed, dando espaço para o banco central americano continuar as altas nos juros.

Em relação aos resultados das big techs do 4T22, a Microsoft reportou resultados em linha com o consenso em termos de receita e lucros, mas as projeções para o próximo trimestre vieram abaixo do consenso e isso acabou pesando sobre as ações. A Tesla divulgou receita recorde e o mercado se animou com a fala do Elon Musk de que os cortes de preços estimularam a demanda, e que a companhia estaria pronta para produzir 2 milhões de veículos se tudo ocorrer como esperado em 2023. Por fim, a Intel decepcionou expectativas e reforçou a narrativa de uma desaceleração na indústria de semicondutores. A empresa sofreu nos segmentos de computação pessoal e no voltado para servidores, em que as projeções também vieram aquém das expectativas.

Na China, as Bolsas passaram boa parte da semana fechadas por conta do feriado do Ano-novo Lunar. Após os dados indicarem um forte volume de consumo da população chinesa durante os festejos, e o otimismo com a reabertura econômica do país continuar pairando nos mercados, o índice de Hang Seng encerrou a semana em alta de 2,9%.

O Dólar fechou a semana com baixa de -1,90% em relação ao Real, em R$ 5,11/US$. Já a curva DI para o vértice de janeiro/31 abriu +46bps na semana, atingindo 13,18%.

O saldo acumulado da movimentação dos investidores estrangeiros na Bolsa foi cerca de R$ 2,4 bilhões.

Na semana em curso, o foco será decisão de juros. Teremos reunião dos bancos centrais dos EUA, Europa, Reino Unido e Brasil. Os juros devem continuar subindo nos países centrais, e ficar estável em 13,75% no Brasil. Por aqui, também serão destaques o IGP-M de janeiro, além do resultado primário do setor público, da criação de empregos formais (CAGED) e da produção industrial (todos referentes a dezembro). No campo político, Brasília estará agitada com a volta do Congresso em nova legislatura e consequente eleição das mesas da Câmara e do Senado.

Fonte

Valore-Elbrus Investimentos | Modal Mais Investimentos | Grupo Credit Suisse (30.01.2023)

©