Por Heraldo Palmeira
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22 de novembro de 2024

A Semana 43

Peggy/Pixabay

A Semana 43

(Resumo de Mercado – 6 a 10 de março e perspectivas para a semana em curso)

Ibovespa: -0,23% | 103.618 pontos

Em semana de expectativas de sinais dos rumos da política monetária americana, o Ibovespa encerrou em queda de -0,2% aos 103.618 pontos. Como destaque em performance na semana, Azul (AZUL4) subiu mais de 74%, após notícias de que a empresa renegocia suas dívidas com os arrendadores de aviões. Na ponta oposta, CSN (CSNA3) caiu quase 13%, após os resultados do 4T22 da companhia decepcionarem o mercado.

O principal tópico nos mercados foi a política monetária do Federal Reserve. Em sabatina no Congresso americano, o presidente do Fed Jerome Powell alertou que o banco central americano está preparado para voltar a aumentar os juros para combater a inflação, e que o nível final das taxas de juros provavelmente será mais alto do que o previsto anteriormente, caso os dados de inflação e mercado de trabalho sigam fortes. Os Treasuries reagiram aos sinais de maior aperto monetário, com a inversão na curva de juros, que chegaram ao nível mais negativo desde a década de 1980. Na parte de dados de mercado de trabalho, o payroll de fevereiro tirou parte da pressão do Fed em voltar a acelerar o ritmo das altas de juros para 0,5 p.p. na reunião de março, uma vez que o aumento do desemprego e os ganhos salariais menores do que o esperado compensaram o avanço da criação de vagas maior do que o previsto.

No Brasil, o IPCA de fevereiro ainda mostrou alguns números não muito confortáveis sobre a trajetória da inflação. No mês passado, o indicador teve alta de 0,84%, um pouco acima do esperado pelo consenso. Na política, o ministro da Fazenda Fernando Haddad afirmou que a proposta para um novo arcabouço fiscal está praticamente finalizada e que ele levará o texto ao presidente Lula da Silva na próxima semana. O mercado segue atento ao novo arcabouço fiscal, que deve ser olhado também com atenção pelo Banco Central para a próxima decisão sobre a taxa de juros na reunião do Copom, que ocorrerá ainda em março.

Na China, o governo estabeleceu a meta de crescimento para 2023 em 5%. É a meta mais baixa em mais de três décadas. O número está abaixo da meta de 5,5% de 2022 e decepcionou os mercados. Os dados da balança comercial chinesa anunciaram queda nas importações e exportações, indicando desaceleração na economia global e uma demanda doméstica mais fraca. Sobre a inflação no país, o índice de Preços ao Consumidor (CPI) veio abaixo do consenso de mercado, assim como o Índice de Preços ao Produtor (PPI), A pressão inflacionária está longe de ser uma preocupação relevante para a economia chinesa, já que dúvidas sobre a robustez da recuperação da atividade econômica em meio à reabertura seguem no centro das atenções.

O Dólar fechou a semana com alta de 0,33% em relação ao Real, em R$ 5,21/US$. Já a curva DI para o vértice de janeiro/31 fechou -45bps na semana, atingindo 13,27%.

O saldo acumulado da movimentação dos investidores estrangeiros na Bolsa foi positivo em cerca de R$ 500 milhões.

Para a semana em curso, nos EUA será divulgado o IPCA de fevereiro, dado muito importante para o cenário de política monetária do Federal Reserve.

Na China, os números de produção industrial, vendas no varejo, setor imobiliário e taxa de desemprego serão importantes indicações para a atividade econômica global em 2023.

Na Zona do Euro, o CPI de fevereiro será divulgado e o Banco Central Europeu decidirá o novo patamar da taxa de juros básica do bloco.

No Brasil, o grande momento deverá ser a divulgação do novo arcabouço fiscal, a ser anunciado pelo ministério da fazenda. Além disso, o IGP-10 de março e a PNAD de janeiro serão destaque.

Fonte

Valore-Elbrus Investimentos | Modal Mais Investimentos | Grupo Credit Suisse (13.03.2023)

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