Por Heraldo Palmeira
Los Angeles
Nova York
São Paulo
Lisboa
Londres
Fase da Lua
.
.
25 de novembro de 2024

A Semana 51

Tumisu/Pixabay

A Semana 51

(Resumo de Mercado – 2 a 5 de maio e perspectivas para a semana em curso)

Ibovespa: +0,69% | 105.148 pontos

Depois de uma forte alta na sexta-feira, o Ibovespa terminou a primeira semana de maio com leves ganhos de +0,7% aos 105.148 pontos. A maior alta da semana foi de Braskem (BRKM5), que subiu 20,1% após notícias de uma possível oferta da Adnoc, estatal de petróleo de Abu Dhabi, junto ao fundo americano Apollo pelo controle da companhia. Na outra ponta, Carrefour (CFRB3) acumulou queda de 18% após resultados do primeiro trimestre desapontarem, com a empresa sinalizando perspectivas mais desafiadoras à frente. Na agenda econômica, os destaques dos últimos dias foram decisões de política monetária no Brasil, nos EUA, e na Europa.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic em 13,75% pela sexta reunião consecutiva. Segundo consenso de economistas, o comunicado condiz com o cenário de flexibilização monetária gradual a partir do segundo semestre, com a taxa Selic atingindo 12% no final deste ano e 11% no primeiro semestre de 2024.

Quanto aos juros americanos, o Federal Reserve optou por mais uma alta de 0,25 p.p. levando para um intervalo entre 5% e 5,25%, em linha com as expectativas. No comunicado pós-reunião, o comitê deixou as portas abertas para a próximas decisões. Com isso, o mercado começou a precificar corte de juros até o final deste ano. No entanto, prevemos o início do ciclo de flexibilização apenas no primeiro trimestre de 2024.

Política monetária também foi destaque na Europa. O Banco Central Europeu (BCE) decidiu aumentar as taxas de juros em 0,25 p.p., desacelerando o ritmo de aumento em relação às reuniões anteriores, mas sem uma indicação futura clara. Sendo assim, projetamos que o BCE continuará a apertar a política monetária nas próximas reuniões.

Nos EUA, além da decisão do Federal Reserve, os mercados repercutiram mais incertezas em relação ao setor bancário, e os dados do payroll. Na segunda-feira, houve outro resgate de um banco regional americano, o First Republic Bank, cujos ativos foram comprados pelo JP Morgan com apoio de reguladores – evento que derrubou os papeis do setor. Após alguns dias, foi a vez dos mercados se preocuparem com a PacWest, que caiu 50% na quinta-feira, antes de voltar a subir 80% no dia seguinte, depois de um alívio no setor com discussões de que vendas a descoberto seriam banidas como medida para estancar a crise. O apetite ao risco voltou aos mercados depois de os resultados da Apple, empresa de maior valor de mercado na bolsa americana, surpreenderem. Além disso, a semana foi marcada pelo relatório do mercado de trabalho, que veio acima das estimativas, com 253 mil novas vagas criadas em abril x expectativas de 180 mil.

O Dólar fechou a semana com queda de -0,74% em relação ao Real, em R$ 4,95/US$. Já a curva DI para o vértice de janeiro/31 fechou -25 bps na semana, atingindo 12,1%.

O saldo acumulado da movimentação dos investidores estrangeiros na Bolsa foi negativo em cerca de R$ 2,1 bilhões.

Para a semana em curso, no cenário internacional serão divulgados os números de inflação de EUA, Alemanha e China, todos referentes à abril. No caso dos dois últimos, serão publicados também alguns dados da atividade econômica.

No Brasil, a semana será dominada por dados de inflação medidos por IGP-DI e IPCA, ambos de abril, e a ata da última decisão de política monetária do Copom. Na seara da atividade, o IBGE também divulgará a Produção Industrial Mensal de março.

Fonte

Valore-Elbrus Investimentos | Modal Mais Investimentos (08.05.2023)

©