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A Semana 55
(Resumo de Mercado – 12 a 16 de junho e perspectivas para a semana em curso)
Ibovespa: +1,49% | 118.758 pontos.
O mercado financeiro registrou um desempenho positivo, impulsionado pelos ativos brasileiros. O índice Ibovespa encerrou com um aumento de 1,49%, alcançando os 118.758 pontos e acumulando um ganho de 9,6% no mês. Um dos destaques da semana foi o aumento de 17,1% das ações da Braskem (BRKM5), devido a fortes rumores de venda da empresa. Por outro lado, as ações da Lojas Renner (LREN3) caíram 6,9%, após o corte de recomendação do Citibank e o movimento de alta da curva de juros futuro.
No cenário nacional, a agência de classificação S&P Global revisou positivamente os ratings soberanos do Brasil para “BB-/B”, de longo e curto prazos, respectivamente. Além disso, a perspectiva foi alterada de estável para positiva, refletindo a expectativa de uma política monetária e fiscal estável, crescimento contínuo da economia e redução do endividamento do país. Em termos de dados econômicos, o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma prévia do desempenho do PIB, registrou um aumento de 0,56% em abril em relação a março, superando as expectativas do consenso e indicando um crescimento econômico mais robusto do que o previsto para o segundo trimestre de 2023.
No exterior, como previsto pelo mercado, o Federal Reserve (Fed) manteve as taxas de juros americanas entre 5% e 5,25% após dez aumentos consecutivos. O S&P 500 encerrou a semana com uma alta de 2,6%, completando sua quinta semana consecutiva de ganhos, o que não acontecia desde novembro de 2021. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos Estados Unidos aumentou 0,1% no último mês, após subir 0,4% em abril. Em relação à Zona do Euro, o Banco Central Europeu (BCE) elevou as taxas de juros em 0,25 ponto percentual, em linha com as expectativas do mercado. A presidente do BCE, Christine Lagarde, indicou que serão necessários aumentos adicionais das taxas de juros.
Na China, o banco central adotou uma postura oposta à do Fed devido aos dados de atividade econômica que continuam abaixo das expectativas. A autoridade monetária reduziu a taxa de empréstimos de um ano de 2,75% para 2,65%, a primeira redução desde agosto, na tentativa de estimular a economia do país. Além disso, os dados econômicos de maio indicaram uma desaceleração, especialmente nos setores imobiliário e de exportação, sinalizando que a recuperação prevista para 2023 está perdendo força.
O dólar encerrou a semana com uma queda de 0,87% em relação ao real, sendo cotado a R$ 4,90/US$. A curva DI para o vértice de janeiro/31 encerrou a semana estável, atingindo 11,09%.
Na semana em curso, a agenda de indicadores internacionais será relativamente mais tranquila. Destacam-se a divulgação dos índices de gerente de compras (PMIs) nas economias desenvolvidas, como Estados Unidos, Zona do Euro, Reino Unido e Japão, prevista para sexta-feira. Além disso, os dados de inflação no Reino Unido (quarta-feira) e no Japão (quinta-feira) serão observados de perto, pois podem influenciar os preços dos ativos financeiros. Na segunda-feira à noite, os investidores estarão atentos à decisão sobre as taxas de empréstimos na China, o que pode impactar os mercados de commodities e moedas emergentes.
No Brasil, o destaque fica por conta do anúncio da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa Selic, na quarta-feira à noite. O mercado espera que a taxa seja mantida em 13,75%. As projeções divulgadas pelo Boletim Focus na segunda-feira também serão acompanhadas de perto, pois são consideradas na modelagem preditiva do Copom e podem influenciar os preços dos ativos financeiros ao longo do dia. A maioria dos economistas projeta o início de um ciclo de cortes de juros na reunião do Copom em agosto, com a taxa Selic alcançando 12,00% até o final de 2023. Além disso, no cenário político, o mercado estará atento à apresentação do relatório do Arcabouço Fiscal e sua tramitação no Senado Federal.
Em suma, espera-se uma semana (em curso) com menos eventos econômicos de grande impacto, tanto no cenário internacional quanto no Brasil. Os investidores estarão atentos aos indicadores divulgados, como PMIs e dados de inflação, bem como à decisão do Copom sobre a taxa Selic. O mercado continua monitorando os desenvolvimentos econômicos e políticos, buscando pistas sobre a direção futura dos mercados financeiros.
Fonte
Valore-Elbrus Investimentos | Modal Mais Investimentos (19.06.23)