Por Heraldo Palmeira
Los Angeles
Nova York
São Paulo
Lisboa
Londres
Fase da Lua
.
.
7 de novembro de 2024

A Semana 66

Peggy/Pixabay

A Semana 66

(Resumo de Mercado – 4 a 8 de setembro e perspectivas para a semana em curso)

Ibovespa: -2,19% | 115.313 pontos

O Ibovespa enfrentou uma baixa liquidez devido aos feriados do Dia do Trabalho nos EUA e do Dia da Independência no Brasil. O índice acumulou uma queda de 2,2% em reais, fechando a sexta-feira com 115.313 pontos. Esse desempenho foi influenciado por fatores externos, como as expectativas de prolongamento da política restritiva nos EUA, a desaceleração da economia chinesa e o aumento dos preços do petróleo. No Brasil, o destaque foi o Programa Desenrola.

Na quarta-feira, o Livro Bege do Fed apontou uma desaceleração nas contratações e uma melhora na inflação nos Estados Unidos. No entanto, também revelou desequilíbrios em vários distritos e destacou a resiliência do consumo da população. Enquanto o PMI de serviços dos EUA ficou abaixo das expectativas, o ISM, outro indicador que abrange pequenas e médias empresas, superou as expectativas. Além disso, os juros da Treasury de 10 anos sofreram nova redução, fechando a semana em 4,25%.

No cenário internacional, os PMIs da manufatura e de serviços na China ficaram abaixo das expectativas, indicando uma desaceleração econômica no país e levantando a possibilidade de estímulos econômicos. A Arábia Saudita e a Rússia anunciaram cortes na produção de petróleo, impulsionando os preços do Brent e afetando positivamente ações como PETR4 (2,4%) e PRIO3 (1,1%). Na Europa, foram divulgados dados que indicam uma economia mais fraca na Zona do Euro, o que foi visto como uma notícia positiva pelo mercado em relação ao aperto monetário.

No Brasil, ocorreu uma minirreforma ministerial que entregou o Ministério do Esporte e o Ministério de Portos e Aeroportos a partidos aliados do governo, que compõem o Centrão. Também foi criado o Ministério da Micro e Pequena Empresa. Na terça-feira, o Programa Desenrola foi aprovado, propondo um limite para o uso rotativo do cartão de crédito. A Febraban criticou o projeto, argumentando que ele poderia dificultar a liberação de crédito pelos bancos. Após o projeto, ativos como Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4) e Itaú (ITUB4) registraram quedas na semana de 1,6%, 4,1% e 3,2%, respectivamente.

O Dólar encerrou a semana com um aumento de 1,0% em relação ao Real, alcançando R$ 4,99/US$. Na Renda Fixa, a curva de juros futuros registrou elevação nos vértices intermediários, enquanto os curtos e longos permaneceram próximos da estabilidade.

Quanto ao fluxo de estrangeiros na Bolsa brasileira, houve uma saída de capital de cerca de R$ 100 milhões. O saldo de investidores institucionais também foi ligeiramente negativo, em R$ 110 milhões, enquanto os investidores Pessoa Física registraram um saldo positivo de R$ 210 milhões.

Perspectivas para a semana em curso

No cenário internacional, os Estados Unidos divulgarão dados importantes, incluindo a inflação ao consumidor e ao produtor referentes a agosto, que serão cruciais antes da próxima reunião do Fed, marcada para 20 de setembro. Na Europa, serão divulgados dados de sentimento econômico e produção industrial, influenciando a decisão de política monetária do BCE na quinta-feira. No Reino Unido, diversos indicadores econômicos serão divulgados, incluindo o mercado de trabalho, produção industrial, vendas no varejo e comércio exterior. Além disso, a China apresentará informações sobre a taxa de desemprego, vendas no varejo, produção industrial e mercado imobiliário.

No Brasil, o destaque será a divulgação do IPCA de agosto na terça-feira, com uma expectativa de alta de 0,24% em relação ao mês anterior. A atividade econômica também será observada, com a publicação dos resultados do setor de serviços (quinta-feira) e do comércio varejista (sexta-feira) referentes a julho. Espera-se um crescimento moderado em ambos os setores em comparação com junho, sustentando a visão de resiliência no consumo das famílias. Conforme nosso último relatório mensal, revisamos nossa projeção de crescimento do PIB em 2023, de 2,2% para 2,8%.

Fonte

Valore-Elbrus (11.09.23)

(vinculada à XP Investimentos)

©