Por Heraldo Palmeira
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22 de novembro de 2024

A Semana 67

Peggy/Pixabay

A Semana 67

(Resumo de Mercado – 11 a 15 de setembro e perspectivas para a semana em curso)

Ibovespa: +2,99% | 118.757 pontos

O Ibovespa teve um ganho acumulado de 3,0% em reais, encerrando a sexta-feira com 118.757 pontos. Esse desempenho positivo do índice foi influenciado por fatores tanto domésticos, como dados de inflação, quanto internacionais, como a divulgação do CPI nos Estados Unidos, o aumento nos preços das commodities e os estímulos à economia chinesa.

Na quarta-feira, os dados de inflação ao consumidor (CPI) nos EUA mostraram que a tendência de desinflação no país continua, o que fortaleceu as expectativas de um possível alívio na política monetária pelo Federal Reserve. Com perspectivas mais otimistas, a semana terminou com um aumento significativo no apetite ao risco, impulsionando o mercado de ações brasileiro. A taxa dos títulos do Tesouro dos EUA subiu 0,07%, fechando a semana em 4,33%.

Na Zona do Euro, o Banco Central Europeu (BCE) tomou uma decisão apertada ao aumentar as taxas de juros na região em 0,25 ponto percentual. Isso elevou as taxas de depósito, empréstimo e refinanciamento para 4,0%, 4,75% e 4,5%, respectivamente, atingindo o nível mais alto desde a criação do Euro em 1999. No entanto, a comunicação que acompanhou essa decisão indicou que provavelmente será a última alta do ciclo de aumento de juros, o que gerou otimismo nos mercados. O BCE também afirmou que manterá as taxas de juros nos níveis atuais por um “período suficientemente longo”.

Dados positivos sobre a produção industrial e as vendas no varejo, que aumentaram 4,5% e 4,6%, respectivamente, também contribuíram para o otimismo nos mercados durante a semana. Essa melhora gradual nos indicadores econômicos, aliada às expectativas de novos estímulos econômicos por parte do governo chinês, impulsionou os preços das commodities.

No Brasil, o destaque foi a divulgação do IPCA de julho, que registrou um aumento de 0,23% em relação ao mês anterior, um número abaixo das expectativas do mercado. Isso fortaleceu a visão de desinflação no país, especialmente em relação aos serviços. Esse dado sobre a inflação foi observado de perto pelos participantes do mercado, considerando a próxima reunião do Copom para decidir sobre a taxa de juros.

O Dólar encerrou a semana com uma queda de -2,4% em relação ao Real, sendo cotado a R$ 4,86/US$. No mercado de renda fixa, a curva de juros futuros teve um leve fechamento em comparação com a semana anterior.

Quanto ao fluxo de investidores na Bolsa brasileira, a semana registrou uma saída de capital de cerca de R$ 30 milhões. Por outro lado, os investidores institucionais tiveram um saldo positivo de R$ 260 milhões, enquanto os investidores Pessoa Física apresentaram um saldo negativo de R$ 360 milhões.

Perspectivas para a semana em curso

Na agenda internacional, o destaque será a decisão de política monetária nos Estados Unidos (FOMC), cujo anúncio está previsto para a quarta-feira. A expectativa geral é que não haja alterações nas taxas de juros de referência. Na Europa, a leitura final do índice de inflação de agosto será divulgada na quarta-feira, com base na leitura preliminar que registrou uma variação mensal de 0,6% e estabilidade na inflação acumulada em doze meses em 5,3%. No Reino Unido, o índice de inflação de agosto será divulgado na quarta-feira, e a decisão de política monetária será anunciada na quinta-feira. Prevê-se que o Banco Central da Inglaterra (BoE) elevará as taxas de juros de 5,25% para 5,5%. Além disso, na sexta-feira, índices PMI, indicadores antecedentes da atividade econômica, serão divulgados em várias economias, incluindo os Estados Unidos, Reino Unido e países da Zona do Euro.

No Brasil, o foco estará na decisão da taxa Selic pelo Copom (Comitê de Política Monetária) na próxima quarta-feira. A visão quase unânime no mercado é que a Selic será reduzida em 0,50 pontos percentuais, ficando em 12,75%. As atenções estarão voltadas para as mensagens e projeções contidas no comunicado da reunião. Na terça-feira pela manhã, o Banco Central divulgará o IBC-BR de julho (proxy do PIB), para o qual se espera um avanço mensal de 0,9% e 1,3% a/a.

Fonte

Valore-Elbrus (18.09.23)

(vinculada à XP Investimentos)

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