Por Heraldo Palmeira
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24 de novembro de 2024

A Semana 74

WorldSpectrum/Pixabay

A Semana 74

(Resumo de Mercado – 6 a 10 de novembro e perspectivas para a semana em curso)

Ibovespa: +2,0% | 120.568

O Ibovespa fechou mais uma semana no positivo, em 2,0% em reais e 1,7% em dólares, em 120.568 pontos. A maior alta da semana foi Magazine Luiza (MGLU3), que subiu 21% em um movimento técnico em meio ao fechamento na curva de juros, enquanto Minerva (BEEF3) e Petro Recôncavo (RECV3) registraram as maiores quedas da semana, ambos caindo 12%, após resultados do 3º trimestre.

Com concessões de última hora e votação apertada (53 votos, apenas quatro além dos 49 necessários), o relatório da reforma tributária foi aprovado no Senado. O texto segue agora para votação na Câmara, com expectativa de promulgação ainda este ano.

Em discurso no FMI, o presidente do Federal Reserve Jerome Powell sinalizou um pessimismo sobre o aperto monetário para controlar a inflação. A fala provocou uma maior volatilidade nas taxas de juros das Treasuries, com o título de 10 anos fechando praticamente de lado aos 4,65%.

A divulgação da ata do Copom trouxe um tom visto pelo time de Economia XP como duro, enfatizando o ambiente global mais adverso. Por outro lado, também foram destacadas a desaceleração da economia na margem e dinâmica benigna da inflação. O IPCA de outubro acelerou 0,24% m/m, número abaixo do consenso (0,29%) e da nossa expectativa (0,26%), mantendo nosso cenário de cortes de 50bps nas próximas reuniões.

Na temporada de balanços do 3T23, 66 das 83 companhias do Ibovespa já reportaram (82% do market cap); das 160 empresas sob cobertura XP, 111 reportaram com 34% superando as expectativas de EBITDA, 13% abaixo e 55% em linha.

Dólar O Dólar fechou a semana em queda de 0,1% em relação ao Real, em R$ 4,91/US$.

Juros A curva de juros encerrou novamente em queda ao longo de toda a sua estrutura a termo, com o ambiente doméstico como principal catalisador. O DI jan/33 fechou em 11,27% (-16,2bps).

Perspectivas para a semana em curso

Cenário Internacional O principal evento será a divulgação do índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos (CPI) referente a outubro, na terça-feira. No mesmo dia, serão divulgados os dados de atividade na China, incluindo produção industrial, vendas no varejo e o relatório de emprego, indicadores são referentes a outubro. Na quarta-feira, destaque para o índice de preços ao consumidor de outubro no Reino Unido, e inflação ao produtor (PPI) de outubro nos Estados Unidos. Na quinta-feira teremos dados do setor externo e produção industrial nos EUA referentes a outubro. Na sexta-feira será divulgada a leitura final da inflação ao consumidor de outubro da Zona do Euro. A leitura preliminar registrou variação mensal 0,3%, e a inflação acumulada em doze meses cedeu de 4,5% para 4,2%.

Cenário Nacional Destaque para a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), que deve apresentar recuperação parcial do setor terciário em setembro, após desempenho consideravelmente abaixo do esperado em agosto. Prevemos avanço mensal de 0,5%, com sinais mistos entre as principais categorias. Além disso, estimamos que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) mensal do PIB subino 0,6% em setembro, contra agosto, o que não evitaria uma contração de 0,3% no terceiro trimestre, em comparação ao trimestre anterior. Em resumo, esses indicadores reforçam nosso cenário de desaceleração da atividade doméstica no semestre em curso. Atenção também à política fiscal, já que o governo terá até o dia 16 para apresentar emenda ao projeto de lei orçamentária de 2024, com objetivo de alterar a meta fiscal de déficit zero. Fontes da imprensa indicam que a nova meta deve ser um déficit de 0,5% do PIB, aproximadamente R$ 57 bilhões.

Fonte

Valore-Elbrus (13.11.23)

(vinculada à XP Investimentos)

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