Por Heraldo Palmeira
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24 de novembro de 2024

A Semana 77

Steve Buissinne/Pixabay

A Semana 77

(Resumo de Mercado – 4 a 8 de dezembro e perspectivas para a semana em curso)

Ibovespa: -0,9% | 127.094

O Ibovespa fechou a semana com um desempenho negativo de 0,9% em 127.094 pontos. O índice foi impactado por dados econômicos internos e externos, além de movimentações da curva de juros.

Os principais ganhos da semana incluem Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) e Arezzo (ARZZ3), que subiram 23,0% e 8,9%, respectivamente. Ambos os papéis foram impactados positivamente por eventos de Investor Day. Além disso, o GPA também subiu com notícias sobre reestruturação da empresa.

São Martinho (SMTO3) e BRF(BRFS3) tiveram as maiores quedas na semana de 13,2% e 8,8%, respectivamente, após desvalorização do preço das commodities agrícolas. São Martinho também sofreu pressão da queda do preço do petróleo afetando a rentabilidade do etanol.

Sabesp (SBSP3) teve a privatização aprovada pela Assembleia do Estado de São Paulo. Com o movimento esperado pelo mercado, o papel caiu 1,5% na semana.

Nos EUA, os índices americanos marcaram mais uma semana positiva após o payroll acima do esperado, com criação de 199 mil novos empregos, confirmando um mercado de trabalho desacelerando, mas ainda aquecido. O mercado atribui 44% de probabilidade de corte de juros em março de 2024.

Dólar O Dólar fechou a semana em alta de 1,0%, aos R$ 4,93/US$.

Juros A curva de juros encerrou perto da estabilidade em relação à semana anterior. O DI jan/33 abriu 8bps, aos 10,90%.

Perspectivas para a semana em curso

Cenário Internacional A semana será recheada de eventos importantes. Na terça-feira, destaque para o índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA referente a outubro. Na quarta-feira, serão divulgados os dados para a inflação (PPI) ao produtor de novembro nos EUA. No mesmo dia, teremos o principal evento da semana – a decisão de política monetária do Federal Reserve. Nesta reunião, haverá também a atualização das projeções macroeconômicas dos membros do comitê de política monetária do Fed (FOMC, sigla em inglês). Na quinta-feira, será a vez de o Banco Central Europeu anunciar sua decisão de política monetária para a Zona do Euro e Banco da Inglaterra para o Reino Unido. A expectativa é que os três bancos centrais mantenham as suas taxas de juros de referência inalteradas. No mesmo dia também serão divulgados os dados de atividade na China. Na sexta-feira, destaque para as leituras preliminares dos índices PMI referentes a dezembro nos EUA, Zona do Euro e Reino Unido. Por último, os dados de produção industrial de novembro nos EUA serão anunciados.

Cenário Nacional O protagonismo será dado pela divulgação do IPCA de novembro na terça-feira. Esperamos variação mensal de 0,26%, fruto de quedas de bens industriais por conta da Black Friday e da gasolina, após reajustes da Petrobras. Do lado de serviços, esperamos alta moderada, corroborando cenário benigno de desinflação no curto prazo. Na quarta-feira, teremos o principal evento econômico da semana: a decisão da taxa Selic pelo Copom. Esperamos corte de 0,50pp na reunião, para 11,75%. Além disso, destaque para a divulgação de indicadores de atividade econômica referentes a outubro. A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) deve mostrar expansão das vendas varejistas, em linha com o alívio na inflação de curto prazo – sobretudo de alimentos e combustíveis – e aumento da massa de renda disponível. Por sua vez, acreditamos que a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) registrará virtual estabilidade no mês, com sinais mistos entre os segmentos. Por fim, estimamos elevação tímida para a proxy mensal do PIB calculada pelo Banco Central (IBC-Br), confirmando o cenário de desaceleração da atividade doméstica no período recente. Na pauta fiscal, semana cheia no Congresso, com destaque para o projeto que altera a tributação das subvenções de ICMS, principal aposta do Ministério da Fazenda para elevar a arrecadação a partir do ano que vem. Além disso, estão na pauta a tributação de apostas on-line, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 e os vetos ao arcabouço fiscal e à desoneração da folha.

Fonte

Valore-Elbrus (11.12.23)

(vinculada à XP Investimentos)

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