Por Heraldo Palmeira
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24 de novembro de 2024

A Semana 78

Steve Buissinne/Pixabay

A Semana 78

(Resumo de Mercado – 11 a 15 de dezembro e perspectivas para a semana em curso)

Ibovespa: +2,4% | 130.197

O Ibovespa fechou a semana com um desempenho positivo de 2,4% em reais e 2,2% em dólares, aos 130.197 pontos. O índice chegou a alcançar o maior patamar durante a semana, antes de um movimento de realização de lucros na sexta-feira. Grande parte da alta (da semana) é explicada pelo tom menos duro na decisão de juros nos EUA na quarta-feira.

As bolsas globais também fecharam a semana com desempenho positivo após a manutenção de juros nos EUA, decisão acompanhada por um discurso que fortaleceu a possibilidade de cortes de juros americanos já em 2024. Além disso, a taxa de juros da Treasury de 10 anos caiu 33 bps, fechando aos 3,91%.

No Brasil, o Copom cortou a taxa Selic em 50bps, de 12,25% pra 11,75%, o que já era esperado pelo mercado.

Ações O papel com a maior alta da semana foi MRV (MRVE3), que subiu 15,1% após as decisões de juros no Brasil e EUA beneficiarem o papel, que é sensível a juros. Além disso, B3 (B3SA3) também subiu 8,3% com juros menores e expectativas de melhora de atividade no mercado de capitais

Por outro lado, Casas Bahia (BHIA3) caiu 12,4% após o agrupamento de ações, e Pão de Açúcar (PCAR3) acumulou queda de 8,2% após fato relevante anunciando possível follow-on.

Dólar O Dólar fechou a semana em alta de 0,3%, aos R$ 4,94/US$.

Juros A curva de juros encerrou em queda em relação à semana anterior. O DI jan/33 fechou 26bps, aos 10,64%.

Perspectivas para a semana em curso

Cenário Internacional Alguns membros dos comitês de política monetária do BCE e do BoE falarão publicamente ao longo da semana, podendo dar orientações adicionais sobre a possível trajetória da política monetária na Europa e no Reino Unido. Na terça-feira, atenção voltada para a leitura final da inflação da Zona do Euro referente a novembro. A leitura preliminar registrou variação anual de 2,9% para o índice geral e 4,2% para o núcleo da inflação. Na quarta-feira, destaque para a inflação ao consumidor do Reino Unido em novembro. Na quinta-feira, o resultado final do PIB dos EUA do terceiro trimestre será protagonista. A última leitura registrou forte crescimento de 5,2% frente ao segundo trimestre, em termos anualizados. Na sexta-feira, o principal indicador da semana será divulgado – a inflação medida pelo núcleo do deflator das despesas de consumo pessoal (PCE) nos Estados Unidos relativa a novembro.

Cenário Nacional Destaque para a publicação da ata do Copom e do Relatório Trimestral de Inflação (RTI). Os documentos do Banco Central devem trazer detalhes sobre a avaliação de cenário internacional menos adverso, desaceleração gradual da atividade e avanços no processo de desinflação, entre outros temas sublinhados pela autoridade monetária no comunicado que acompanhou a redução da taxa Selic nesta semana. Na agenda de indicadores, o IBC-Br (proxy mensal do PIB) deve mostrar ligeira queda em outubro, corroborando o cenário de enfraquecimento da atividade no período recente. Do lado fiscal, a expectativa é pela aprovação da MP nº 1185/2023 no Senado, que altera as subvenções de ICMS. Além disso, o Congresso deve aprovar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024, permitindo que o governo inicie o próximo exercício com um contingenciamento limitado a R$ 23 bilhões. Por fim, a Câmara dos Deputados discute a reforma tributária com o Senado na tentativa de chegar a um consenso. O projeto precisa ser aprovado com um texto comum nas duas casas para que a promulgação ocorra ainda este ano.

Fonte

Valore-Elbrus (18.12.23)

(vinculada à XP Investimentos)

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