Por Heraldo Palmeira
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21 de novembro de 2024

Ele de Havaianas

Divulgação/Havaianas

Ele de Havaianas

  • Heraldo Palmeira

 A história das sandálias Havaianas na vida brasileira há muito é tratada no ambiente dos fenômenos. E fenômeno não se explica. Difícil encontrar por aqui alguém que não tenha seu par para contar história. Segundo números da empresa, pelo menos 90% dos brasileiros estão nesse grupo.

Agora, o mais ilustre “brasileiro” acabar de revelar as suas nos próprios pés: ninguém menos do que o Cristo Redentor do Corcovado, braços abertos sobre a Guanabara. Ele aparece no filme publicitário com um reluzente exemplar verde-amarelo do modelo Brasil Logo Pop-up.

A ideia partiu de uma pergunta que já soa natural: “Quem no Brasil não usa Havaianas?”. Diante da enorme presença do produto no país, a empresa resolveu responder de forma retumbante. “Já vimos celebridades de Hollywood usando Havaianas, nossos atletas desfilando com elas na cerimônia de abertura das Olimpíadas e Paraolimpíadas, e mais de 90% dos brasileiros têm um par de Havaianas. Só faltava o Cristo Redentor calçar as suas”, respondeu Mariana Rhormens, diretora de marketing da Alpargatas para a América Latina. “Havaianas e Cristo Redentor: dois símbolos que se unem em uma parceria que enche os brasileiros de orgulho. Parabéns por essa colaboração tão significativa”, comemora padre Omar Raposo, reitor do Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor.

O projeto é capaz de gerar conversas para mais de metro, passando por simples questão de mercado, prosa científica de botequim e análise acadêmica. Afinal, não bastasse o fato de o Cristo Redentor ser uma das imagens mais icônicas do Brasil aos olhos do mundo – reconhecido como Patrimônio da Humanidade pela Unesco desde 2012 –, a estátua está no coração dos brasileiros de qualquer ponto do país de forma natural, não necessariamente com viés religioso. E as Havaianas nos pés, sabe-se lá por que diabos.

Além disso, a marca tem ampla identificação com os cariocas, que têm as Havaianas como uma espécie de símbolo do estilo de vida do Rio. E do verão. Na verdade, a campanha capturou um alto sentido de brasilidade ao juntar diversos elementos presentes na cultura popular do país: nossa cidade mais festejada e toda a sua beleza, a grandeza e representatividade do monumento, um produto (com a bandeira e as cores nacionais) consagrado como poucos a ponto de virar sinônimo da palavra “sandália” e a natureza exuberante.

A realização do projeto juntou a agência AlmapBBDO, Alterlab (computação gráfica), Labof, BRMedia, Essence e Media.Monks, com colaboração da Arquidiocese do Rio de Janeiro e Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor.

Ainda em 2024, mais um fruto da campanha estará nas ruas: a parceria das Havaianas com o Santuário para uma ação que vai beneficiar milhares de pessoas em vulnerabilidade social, com a participação de mais de 120 instituições atendidas pela instituição religiosa.

Sem moleza Embora as sandálias Havaianas não enxerguem concorrentes em lugar nenhum há décadas – sua liderança no segmento é humilhante –, a Alpargatas não descuida da sua joia. Por isso, estratégias e ações de marketing estão sempre na ordem do dia para evitar acomodação. Por exemplo, o verão é sempre momento de trazer novidades, especialmente na beira-mar.

Chuveiros em forma de sandálias em diversas praias do litoral paulista. Guarda-sóis e isopores estilizados em Salvador. Cursos de profissionalização e empreendedorismo em parceria com o Sesc para vendedores autônomos cadastrados. Patrocínio da Copa do Nordeste de Futebol, com transmissão do SBT. Mais adiante, presença marcante nas Olimpíadas Paris 2024.

Veja aqui

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