Por Heraldo Palmeira
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23 de novembro de 2024

A Semana 92

Bru-nO/Pixabay

A Semana 92

(Resumo de Mercado – 19 a 24 de maio e perspectivas para a semana em curso)

Ibovespa: -3,0% | 124.306 pontos

O Ibovespa terminou a semana em baixa de -3,0% em reais e -3,8% em dólares, aos 124.306 pontos. Foi sua pior semana desde março de 2023, caindo 3,0% em reais e 3,8% em dólares, fechando aos 124,306 pts.

Globalmente, os destaques da semana foram a ata da reunião do Federal Reserve de 1º de maio, divulgada na quarta-feira e interpretada como mais dura, e o PMI composto americano, divulgado na quinta-feira, que atingiu seu maior nível dos últimos 25 meses, enquanto as expectativas eram de um leve recuo. Ambos os dados pressionaram mercados globais, apesar de um balanço do 1T24 positivo pela Nvidia, divulgado na quarta-feira, e que impulsionou o índice Nasdaq a mais um recorde histórico.

Internamente, o foco esteve na projeção da taxa Selic e dados de inflação maiores que o esperado no Boletim Focus, divulgado na segunda-feira, indicando uma deterioração do macro doméstico e reforçando o tom mais duro da ata da última reunião do COPOM, divulgada no dia 14.

Ações A maior alta da semana foi Yduqs (YDUQ3: +5,7%), após a empresa estabelecer uma projeção de longo prazo para os principais itens do balanço em seu Investor Day.

Na outra ponta, a maior queda da semana foi Magazine Luiza (MGLU3: -17,0%), após o governo federal afirmar que irá vetar a taxação de compras internacionais de até 50 dólares, embora a discussão esteja aberta.

Dólar O Dólar fechou a semana em alta de 1,2%, aos R$ 5,17/US$.

Juros A curva de juros encerrou a semana em alta, principalmente nos vencimentos intermediários. O DI jan/34 abriu 3 bps, aos 11,78%.

Perspectivas para a semana em curso

Cenário Internacional Os principais dados da semana se concentrarão na sexta-feira. Na Europa, será divulgada a leitura preliminar da inflação ao consumidor referente a maio. Nos EUA, será publicado o deflator dos gastos de consumo (PCE deflator, em inglês) referente a abril – o indicador de inflação preferido do Fed. Além disso, teremos a segunda leitura do PIB dos EUA do primeiro trimestre (a leitura preliminar registrou variação trimestral anualizada de 1,6%) na quinta-feira. Por fim, diversos dirigentes de bancos centrais de países desenvolvidos falarão publicamente ao longo da semana, incluindo Fed nos EUA, BCE na Europa, e Banco da Inglaterra no Reino Unido.

Internacional O destaque será a publicação do IPCA-15 de maio na terça-feira, cuja expectativa é de alta relevante em bens monitorados, especialmente gasolina e produtos farmacêuticos. Preços livres, no entanto, devem apresentar dinâmica bem-comportada, embora com reversão da queda vista nos últimos meses em passagens aéreas. Há expectativa de que os impactos das chuvas no Rio Grande do Sul sejam tímidos nessa leitura. Além disso, haverá divulgações de indicadores relevantes sobre mercado de trabalho, com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) na terça-feira e a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) na quarta-feira – ambos os dados são referentes a abril. Por fim, as estatísticas fiscais do setor público consolidado do último mês serão publicadas na sexta-feira pelo Banco Central.

Fonte Valore-Elbrus (vinculada à XP Investimentos) | 27.05.24

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