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A Semana 99
(Resumo de Mercado – 25 a 30 de agosto e perspectivas para a semana em curso)
Ibovespa: +0,3% | 136.000 pontos
O Ibovespa subiu 0,3% em reais e -2,5% em dólares, fechando acima dos 136 mil pontos, máxima histórica do ano de 2024.
No cenário global, o principal evento econômico foi a divulgação do deflator PCE, que veio em linha com o esperado e mostrou a continuação da tendência de desinflação no país.
Além disso, tivemos a divulgação dos resultados do 2T24 da Nvidia. Apesar de dados de receita e lucro por ação acima das expectativas, a ação caiu 5,0%, com a magnitude das surpresas positivas atrás dos trimestres anteriores.
No ambiente doméstico, o destaque foi a indicação de Gabriel Galípolo como próximo presidente do Banco Central. A indicação foi bem recebida pelos mercados, dado os últimos comentários mais duros, q+ue reiterou a disposição do Copom em aumentar a taxa de juros caso considere necessário. Destaque também para uma intervenção do BC no câmbio, após uma alta do dólar causada por um rebalanceamento em um índice internacional. Mais ao final da semana, em painel da EXPERT, Roberto Campos Neto afirmou que o órgão observava um deslocamento dos fundamentos e irá intervir outras vezes caso seja preciso.
Ações O principal destaque positivo dessa semana foi Petrobras (PETR3: +9,0%; PETR4: +6,7%), com o aumento do preço do Brent por conta de conflitos geopolíticos no Oriente Médio e a interrupção de parte da produção na Líbia. Na ponta negativa temos Azul (AZUL4: -29,1%), após a divulgação da notícia afirmando que a empresa considera realizar um pedido de Chapter 11 (equivalente a recuperação judicial nos EUA). A Azul esclareceu que houve uma má interpretação dos fatos e reafirmou uma série de negociações que havia divulgado anteriormente, envolvendo ações para melhoria de sua estrutura de capital.
Dólar O Dólar fechou a semana em alta de 2,2%, aos R$ 5,61/US$.
Juros A curva de juros abriu em toda a sua extensão. O DI jan/34 abriu 58 bps, aos 12,11%.
Perspectivas para a semana em curso
Cenário Internacional Destaque para a divulgação, na sexta-feira, do relatório Nonfarm Payroll nos Estado Unidos, referente a agosto – principal relatório de emprego do país. Além disso, a pesquisa de oferta de empregos (JOLTS) será publicada na quarta-feira, enquanto a criação líquida de empregos no setor privado (ADP) será conhecida na quinta-feira. Estes dados devem determinar se o Fed contará os juros em 0,25 p.p. ou 0,50 p.p. em sua reunião de setembro. Também importante, será divulgado na quarta-feira o resultado do comércio exterior de julho nos EUA. Por último, as sondagens empresariais PMI de agosto serão divulgadas nos Estados Unidos, Zona do Euro, Reino Unido, e China – o índice PMI é uma sondagem com empresários sobre as condições econômicas e de negócios nos países.
Cenário Nacional O protagonismo ficará pela divulgação do PIB do segundo trimestre na terça-feira, que deverá trazer sólida expansão, movida principalmente pelo consumo das famílias e investimentos. Do lado da oferta, o PIB destaca positivamente serviços e indústria, ao passo que a agropecuária contribuirá negativamente na comparação anual. Na quarta-feira conheceremos os dados da produção industrial de julho. Por fim, é possível que o tesouro divulgue as estatísticas fiscais do setor público consolidado, após adiamento por conta de greve de seus funcionários.
Fonte Valore-Elbrus (vinculada à XP Investimentos) | 02.09.24