Por Heraldo Palmeira
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21 de novembro de 2024

FLÁVIO REZENDE As coisas como são

Flávio Rezende

As coisas como são

  • Flávio Rezende

Viver situações antagônicas com amor no coração é um escrito da alma.

Estive numa festa de 45 anos de um grupo que estudou numa escola. Foi mágico, especial, momentos maravilhosos. Tenho convivido com outras situações do passado: festas, reencontros, papos altamente agradáveis, histórias rememoradas entre risos e doçura, sorrisos, abraços, explicitação de simpatias e demonstrações de amores diversos.

Eis mais uma situação que a vida nos oferta: reencontrar amigos antigos, recontar babados, sentir que os sobreviventes ainda estão ativos, dar aquele abraço apertado, sentir felicidade em ver muitos realizados e atuantes em suas áreas, pais e mães felizes, satisfeitos com suas performances, com suas crias, orgulhosos dos seus feitos, loucos para compartilhar vivências e rememorar passagens.

A festa citada foi do pré do Salesiano – e mesmo que eu tenha sido (de verdade) do pré apenas um ano depois, no Instituto Maria Auxiliadora, a celebração foi maravilhosa, o acolhimento da turma e o meu pertencimento, claros desde sempre. Eis a vida, estar em vários ambientes, distribuindo amor e felicidade, sendo agente do bem, caminho para que tudo seja (e será) só alegria e contentamento.

E essa felicidade nas coisas que foram e que são no presente, não reside necessariamente nas âncoras do passado. Pelo que construímos e vivemos, temos capacidade de gerar felicidade ainda hoje, reconstruir amizades, descobrir novos sabores, destinos, amores, mergulhar em neófitos prazeres, meditar em news portais, não se intimidar nem limitar, mas fluir, mergulhar, estar em novos espaços, inteiros apesar da idade, novos apesar dos anos, vitais apesar de antigos.

Tô nessa, ainda cheio de sonhos, animado, feliz, empoderado, com a mente menina, o corpo adolescente e o desejo hot. Qual a fórmula? Amizades, amor pelos filhos, abstenção de embates – não por omissão e sim por opção –, calma, postura contemplativa, moderação em várias coisas. Decisão de respirar profundamente e, acima de tudo, lançar um olhar amoroso para tudo e manter aquele sentimento interior de ajudar, ser cooperativo, dizer sim.

Assim são as coisas como elas são. É assim que lido com essas coisas. Luz!

*FLÁVIO REZENDE, fotógrafo da vida

 

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