Por Heraldo Palmeira
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7 de novembro de 2024

A Semana

Foto: Sergei Tokmakov/Pixabay

A Semana

(Mercado – 18 a 22 de abril)

Ibovespa encerra em queda de -4,4%

Ibovespa: -4,4% | 111.078 pontos

Em semana mais curta devido ao feriado de Tiradentes, o Ibovespa encerrou em queda de -4,4% aos 111 mil pontos, registrando a pior semana desde outubro de 2021. Enquanto isso, o dólar também disparou +4,0%, a maior alta diária em dois anos. Os ativos globais foram pressionados pela fala mais dura do Federal Reserve. Em discurso, o presidente do banco central americano Jerome Powell afirmou que uma alta de juros mais acelerada seria apropriada para combater a inflação, e sinalizou que uma subida de 0,5% estará em discussão já na próxima reunião de maio.

Além disso, nos EUA, a temporada de resultados do primeiro trimestre de 2022 ficou no radar de investidores. Das empresas do S&P 500 que já reportaram até agora, 78% delas superaram as expectativas de analistas. Destaque para os resultados negativos do Netflix, que reportou uma perda de 200 mil assinantes durante o período, demonstrando desempenho bem abaixo das estimativas, o que levou a ação a cair 35% em um único dia.  Na outra ponta, Tesla divulgou resultados acima das expectativas impulsionados em parte por um crescimento no número de carros entregues.

No campo econômico, destaque para as novas projeções de crescimento global. O Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou o crescimento do PIB global de 4,4% para 3,6% para 2022, indicando que espera que o crescimento global desacelere significativamente este ano, à medida que a repercussão da guerra na Ucrânia se espalhe e os principais bancos centrais apertem a política monetária. Além disso, o Banco Mundial também reduziu sua previsão de crescimento global para 2022 em quase um ponto percentual, de 4,1% para 3,2%, também citando a pressão que a invasão russa da Ucrânia colocou na economia global.

Na China, investidores reagiram a dados econômicos mistos. O PIB cresceu 4,8% A/A no primeiro trimestre, ritmo acima das expectativas, porém as vendas no varejo caíram 3,5% e o desemprego subiu para 5,8%, indicando que a tendência de melhora na economia se interrompeu devido aos lockdowns para controlar o surto da Covid-19. Os resultados aumentam a pressão sobre o governo do presidente Xi Jinping, que reafirmou seu compromisso com uma política de zero Covid. Em política monetária, o banco central chinês anunciou suporte apenas aos setores mais afetados pelas restrições contra a Covid-19, mas não mencionou novos estímulos à economia como um todo e pontuou cautela nos próximos (estímulos à economia). O FMI também revisou para baixo suas previsões do PIB chinês em 2022 para 4,4% (vs. 4,8% da projeção anterior).

Por fim, no Brasil, a temporada de resultados do primeiro trimestre também foi inaugurada. Usiminas (USIM5) reportou resultados abaixo do consenso do mercado, mas o grande destaque foi a prévia de resultados da Natura (NTCO3) que indicaram resultados fracos.

Câmbio e juros

O Dólar fechou a semana com alta de +2,3% em relação ao Real, em R$ 4,80/US$. Já a curva DI para o vértice de janeiro/31 apresentou alta de +15bps na semana, atingindo 12,05%.

O que esperar para esta semana?

Entre os dados econômicos internacionais, o principal dado econômico da semana será a inflação medida pelo PCE nos Estados Unidos, indicador de preços preferido pelo banco central americano. Além disso, serão destaques a prévia da inflação ao produtor e ao consumidor de abril na Zona do Euro, o PIB do 1º trimestre nos EUA e na Zona do Euro.

No Brasil, o Banco Central anunciou que deve regularizar a divulgação de indicadores econômicos que foram postergados devido à greve dos servidores. Os destaques da semana serão o IBC-Br (proxy do PIB) e a taxa de desemprego de fevereiro, dados fiscais e de mercado de trabalho referentes a março, além do IGP-M e da prévia da inflação ao consumidor (IPCA-15) de abril. O Banco Central voltará a divulgar o boletim Focus com as expectativas de mercado.

Fluxo de estrangeiros na Bolsa brasileira

Nesta semana, o saldo acumulado da movimentação dos investidores estrangeiros na Bolsa foi cerca de -R$ 200 milhões.

Fonte

Valore-Elbrus Investimentos | Modal Mais Investimentos (25.04.2022)

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