Por Heraldo Palmeira
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21 de novembro de 2024

A Semana

Foto: Sergei Tokmakov/Pixabay

A Semana

(Mercado – 09 a 13 de maio)

Ibovespa: +1,70% | 106.924 pontos

Em semana marcada por dados de inflação no Brasil e nos EUA, e muita volatilidade nos mercados globais, o Ibovespa encerrou em alta de +1,7% aos 107 mil pontos. Lá fora, os índices fecharam mais uma semana em território negativo, mesmo após uma forte recuperação na sexta-feira.

Na economia brasileira, destaque para a divulgação do IPCA, reafirmando que a inflação também continua bastante elevada, atingindo 1,06% na variação mensal e 12,3% nos últimos doze meses. Além disso, o Banco Central publicou a ata de sua última reunião do Copom e reforçou a sinalização de uma pausa no ciclo de aperto em breve, que deve ser calibrada de acordo com os dados de inflação dos próximos meses.

Nos EUA, a semana foi de divulgação de importantes dados de preço também. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) subiu a um ritmo anual de 8,3% em abril, pouco acima das expectativas. Embora mostre uma redução na margem em relação a março (8,5%), a inflação ainda se mantém nos maiores patamares em 40 anos. A inflação ao produtor do país atingiu 11,0% no acumulado em 12 meses até abril, ligeiramente abaixo da variação recorde de 11,5% na leitura anterior. O núcleo da inflação – exclui alimentos e energia – exibiu elevação de 6,9%. Esses resultados mostram que a inflação americana permanece em níveis historicamente altos, reforçando a avaliação de aperto intenso da política monetária do Fed ao longo dos próximos meses. Ainda sobre o banco central americano, o presidente Jerome Powell reafirmou que, no momento, a entidade monetária não considera altas superiores a 0,5% nas próximas reuniões. Contudo, pontuou que controlar a inflação americana sem colocar o país em uma recessão pode depender de fatores fora do controle da instituição.

Já na China, a inflação de abril ficou acima das expectativas tanto no nível dos produtores como dos consumidores. O Índice de Preços ao Produtor (PPI) apresentou uma desaceleração no comparativo anual vs. o mês anterior (8,0% em abril vs. 8,3% em março), o que poderá abrir espaço para o banco central chinês realizar novos estímulos econômicos. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI), por sua vez, ficou em 2,1%, acelerando ante o 1,5% de março. Lockdowns e inflação global de alimentos foram os principais fatores para acelerar a inflação no país. Os resultados fracos de exportação, que cresceram em seu menor ritmo desde junho de 2020, mostram que o setor comercial da China – que responde por cerca de um terço do PIB – está perdendo força à medida que os bloqueios em todo o país travaram as cadeias de suprimentos.

Do lado corporativo, a temporada de resultados do 1º trimestre continuou com força no Brasil. Lá fora, destaque ao Twitter, que caiu -9% na sexta após anúncio sobre suspensão do acordo de compra pelo empresário Elon Musk. E criptomoedas também caíram fortemente, com a TerraUSD despencando e perdendo a paridade com o dólar.

Câmbio e juros

O Dólar fechou a semana com queda de -0,36% em relação ao Real, em R$ 5,06/US$. Já a curva DI para o vértice de janeiro/31 apresentou queda de -7bps na semana, atingindo 12,48%.

Fluxo de estrangeiros na Bolsa brasileira

Nesta semana, o saldo acumulado da movimentação dos investidores estrangeiros na Bolsa foi cerca de -R$ 2,8 bilhões.

Fonte

Valore-Elbrus Investimentos | Modal Mais Investimentos (16.05.2022)

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