Por Heraldo Palmeira
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22 de novembro de 2024

A Semana

Foto: Sergei Tokmakov/Pixabay

A Semana

(Mercado – 16 a 20 de maio)

Ibovespa: +1,46% | 108.488 pontos

Em uma semana de volatilidade e pessimismo nos mercados lá fora, o Ibovespa conseguiu avançar +1,5% aos 108 mil pontos. Por outro lado, no mercado americano, os índices aprofundaram as perdas, incluindo o S&P 500, que chegou a entrar em bear market – quando há uma correção de mais de 20% – antes de recuperar no final da sessão de sexta-feira. Ainda assim, o principal índice americano fechou a sétima semana em território negativo em meio às preocupações com as perspectivas de crescimento econômico global e risco de recessão dos EUA.

Ainda nos EUA, grandes varejistas como Walmart e Target reportaram seus resultados do 1º tri nessa semana, alertando para pressões de custos crescentes, confirmando os piores temores dos investidores sobre o aumento da inflação. As empresas indicaram forte pressão de custos proveniente dos preços de combustíveis mais altos e uma demanda reduzida dos consumidores por itens discricionários, em consequência da alta inflação, causando preocupação nos mercados. Em contrapartida, os dados de venda no varejo americano aumentaram fortemente em abril, sugerindo que a demanda estava se mantendo forte apesar dos ventos contrários da alta inflação, azedando o sentimento do consumidor e aumentando as taxas de juros.

No Brasil, o TCU aprovou a segunda etapa do processo de privatização da Eletrobras. Com essa aprovação, abre-se o caminho para que a operação de capitalização da companhia prossiga. A intenção do governo é concluí-la até agosto deste ano. A decisão encerra um processo inaugurado em 2018, ainda no governo de Michel Temer e, se finalizado, será a primeira privatização do governo Jair Bolsonaro. Na política, a área econômica do governo prepara um bloqueio da ordem de R$ 10 bilhões em despesas do Orçamento de 2022, para acomodar gastos como reajuste salarial dos servidores, aumento nos salários da Polícia Federal e nos subsídios agrícolas. Apesar da promessa de aumento a servidores públicos, as pressões das categorias continuam a crescer, com novos anúncios de greves.

Já na China, o banco central do país anunciou a redução de sua taxa de juros de referência para empréstimos de longo prazo. A chamada LPR (Loan Prime Rate) de cinco anos ou mais recuou de 4,60% para 4,45%, seu maior corte desde 2019. Há expectativa de novas medidas monetárias e fiscais para estimular a economia chinesa em 2022. Na política, o presidente chinês Xi Jinping discursou reforçando a política de Covid zero na China e pedindo que outros países tomem medidas mais duras contra o vírus. Em contrapartida, os moradores de Xangai, cidade chinesa de mais de 25 milhões de habitantes e que estabeleceu lockdown, foram liberados a sair para comprar mantimentos pela primeira vez em quase dois meses, dando indícios de uma flexibilização das suas políticas de restrição.

Câmbio e juros

O Dólar fechou a semana com queda de -3,57% em relação ao Real, em R$ 4,88/US$. Já a curva DI para o vértice de janeiro/31 apresentou queda de -45 bps na semana, atingindo 12,01%.

O que esperar para a semana?

No cenário internacional, os destaques serão a ata da última reunião do comitê de política monetária dos Estados Unidos e o deflator de consumo pessoal dos EUA (PCE), a medida de inflação preferida pelo Fed. Além disso, o PIB dos EUA e da Alemanha referentes ao primeiro trimestre e a prévia dos índices de gerentes de compras (PMIs) de maio para países desenvolvidos são importantes termômetros da atividade econômica.

No Brasil, os destaques serão a divulgação da prévia da inflação de maio (IPCA-15), a criação de vagas formais em abril (Caged), o Relatório Mensal da Dívida Pública (governo central) e a arrecadação federal de abril. Do lado político, o tema principal deve ser a discussão, na Câmara, do projeto que limita a alíquota de ICMS para combustíveis, energia, transportes e telecomunicação.

Ações

Fluxo de estrangeiros na Bolsa brasileira

O saldo acumulado da movimentação dos investidores estrangeiros na Bolsa foi cerca de R$ 300 milhões.

Fonte

Valore-Elbrus Investimentos | Modal Mais Investimentos (23.05.2022)

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