Gerd Altmann/Pixabay
- Heraldo Palmeira
Tem “gente” nova estreando no processo eleitoral brasileiro. Depois do sucesso da utilização das redes sociais nas campanhas e relações políticas, o metaverso chega como um desdobramento natural do avanço das tecnologias observado em todos os segmentos da sociedade. A novidade poderá ajudar a aproximar eleitores e candidatos, ampliar o interesse e a participação popular nos pleitos e já está fazendo parte do cotidiano de muitos comitês.
O metaverso é formado por um conjunto de programas computacionais sem dependência de uma empresa proprietária, que resulta num ambiente virtual paralelo ao mundo físico onde as pessoas poderão navegar e interagir a partir da criação de avatares.
Os analistas acreditam que a adoção do metaverso no ambiente da política, que também estará sujeito à legislação eleitoral, tende a atrair grande participação de jovens – público mais interessado e sensível à tecnologia – para as eleições. É importante lembrar que de janeiro a abril diversas campanhas incentivaram a obtenção de títulos eleitorais pela galera de 16 a 18 anos e o país ganhou mais de 2 milhões de novos eleitores, um aumento de 47,2% em relação a 2018.
Neste primeiro momento, acredita-se que o metaverso ainda não terá grande impacto no processo, inclusive pelo fato de que o Brasil ainda registra 35,5 milhões de pessoas sem acesso à internet. Além disso, as pesquisas apontaram uma queda na porcentagem de domicílios atendidos entre 2020 e 2021, provável consequência da retração econômica provocada pela pandemia de covid-19.
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