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- Heraldo Palmeira
A gigante holandesa Universal Music Group adquiriu o catálogo do americano Frank Zappa, morto em 1993. Autor de um acervo complexo e excêntrico, foi um dos mais prolíficos artistas musicais do seu tempo, o que gerou uma quantidade de material incalculável pois cantor e guitarrista costumava registrar absolutamente tudo que fazia.
O valor da transação firmada com os filhos do artista não foi divulgado. Foi incluído no negócio músicas, filmes, publicações e todo conteúdo do The Valt, o galpão lendário onde Zappa guardava os arquivos brutos e tudo o que produzia – há, inclusive, músicas inéditas no pacote.
A aquisição coloca novamente nos trilhos a preservação da obra de Zappa, que estava correndo risco pelas longas disputas entre os herdeiros (viúva e 4 filhos). Até 2015, quando morreu, a viúva controlava tudo com mão de ferro e ações desastrosas, tomando partido pelos irmãos mais novos e colocando em risco todo o legado de um cara que trafegava sem qualquer cerimônia pelo rock e música clássica para elaborar sua própria criação.
A Universal não ignora o fato de que Zappa, apesar de genial, nunca teve um trabalho comercial e presente nas paradas, mas aposta que suas criações têm grande potencial para serem redescobertas no futuro.
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