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Golaço feminino
Heraldo Palmeira
Uma grande novidade aponta no horizonte do esporte mundial: o sucesso da Eurocopa Feminina 2022, realizada na Inglaterra. As meninas estão brilhando em campo oferecendo jogos bem jogados e sem aquela chatice que junta violência, catimba e reclamações comuns ao futebol masculino.
As mulheres estão abrindo um espaço de inclusão poucas vezes visto, transmitido para o mundo todo pelas telas de TV. O jogo de estreia (6/7) em que a Inglaterra venceu a Áustria por 1×0, teve público de 68 mil pessoas no estádio Old Trafford, Manchester, o maior da história do torneio e do mesmo porte dos grandes jogos do futebol masculino.
Na sequência do torneio, o que se tem visto são estádios com grandes públicos formados pela pluralidade, incluindo muitas crianças, famílias inteiras e gente de todas as tribos se divertindo muito. Na segunda-feira (11), durante a partida em que a Inglaterra aplicou uma sonora goleada de 8×0 na Noruega – uma avalanche da “máquina” inglesa sobre as adversárias –, chamou a atenção a presença de um grupo de meninas (na faixa dos 10 aos 14 anos) portando orgulhosas seus véus muçulmanos e curtindo alegremente o evento. Na verdade, eram também parte do espetáculo multicolorido das arquibancadas.
As braçadeiras das capitãs das seleções nacionais têm trazido a campo as cores do arco-íris, signo do mundo plural em que vivemos e convite ao respeito que deve permear as relações da sociedade. Afinal, estamos todos em campo e o jogo é coletivo.
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