Por Heraldo Palmeira
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7 de novembro de 2024

A Semana

Sergei Tokmakov/Pixabay

A Semana

(Mercado – 11 a 15 de julho)

Ibovespa: 3,73% | 96.551 pontos

Em semana repleta de indicadores econômicos importantes e temores de recessão econômica nos mercados globais, o Ibovespa encerrou em queda de -3,7% aos 96 mil pontos.

Lá fora, a semana foi marcada pelo início da temporada de resultados nos EUA e dados econômicos importantes. A período de divulgação de balanços começou com os grandes bancos americanos, que desapontaram expectativas à medida que indicaram uma postura de cautela frente aos riscos atuais. Na agenda econômica, destaque pra a inflação ao consumidor e ao produtor do país, que subiram 9,1% e 11,3% em junho, respectivamente, aumentando as apostas de que o Federal Reserve seguirá subindo os juros nas próximas reuniões. Com isso, o mercado chegou a precificar uma alta de 100bps e os temores de recessão aumentaram – a diferença entre as taxas dos títulos de 2 anos e 10 anos atingiram o menor nível desde 2000. Na sexta, porém, mercados tiveram um dia de alívio e registraram altas depois da divulgação do sentimento ao consumidor dos EUA, que mostrou queda nas expectativas de inflação de longo prazo. Além disso, dados de vendas do varejo acima do esperado mostraram que a economia americana continua resiliente.

Os temores de recessão e a alta de juros também afetaram as moedas, com o dólar continuando a se fortalecer frente às outras. No ano, o índice DXY já acumula ganhos de 13%, e, ao longo da semana, chegou a registrar o mesmo valor que o euro. Este, por sua vez, tem se enfraquecido com a deterioração das perspectivas de crescimento na Zona do Euro em meio à guerra na Ucrânia, além de riscos de corte de energia da Rússia.

Já a China, divulgou importantes dados de atividade econômica. O PIB do segundo trimestre desacelerou para 0,4% na comparação anual, bem abaixo dos 1,2% esperados pelo consenso, e registrando o menor crescimento desde 2020. A economia foi fortemente pressionada pela política de Covid Zero. Por outro lado, dados mensais de junho mostraram sinais de melhora, com vendas de varejo, produção industrial e investimentos em ativos fixos subindo 3,1%, 3,8% e 6,1%, respectivamente. No mercado acionário, o setor de tecnologia chinês voltou a ser pressionado por uma investigação de vazamento em dados pelo Alibaba.

No Brasil, a receita real do setor de serviços cresceu 9,2% em maio, indicando crescimento generalizado nas atividades de serviços. O afrouxamento das políticas de restrição de mobilidade em conjunto com o aumento da renda disponível das famílias continua a impulsionar a demanda por esses serviços no curto prazo. Ainda sobre dados econômicos, os resultados do comércio varejista em maio tiveram crescimento de 0,1%, muito abaixo dos 1,0% esperados pelo consenso. Na política doméstica, a PEC do Estado de Emergência foi aprovada pela Câmara dos Deputados e promulgada pelo Congresso Nacional. Todas as medidas terão validade até dezembro de 2022, com impacto fiscal de R$ 41,25 bilhões.

O Dólar fechou a semana com alta de +2,89% em relação ao Real, em R$ 5,40/US$. Já a curva DI

para esta semana no cenário internacional, o destaque será política monetária na Europa, com a divulgação da inflação ao consumidor de junho e a decisão de juros do Banco Central Europeu, que já sinalizou o aumento da taxa de juros. Durante a semana, também serão divulgados os índices de gerentes de compras (PMIs) de países desenvolvidos.

No Brasil, os destaques serão a arrecadação federal de junho, o monitor do PIB da FGV e a segunda prévia do IGP-M de julho.

O saldo acumulado da movimentação dos investidores estrangeiros na Bolsa foi cerca de – R$ 300 milhões.

Fonte

Valore-Elbrus Investimentos | Modal Mais Investimentos (18.07. 2022)

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