Por Heraldo Palmeira
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22 de novembro de 2024

Netflix, baque menor

Andrés Rodríguez/Pixabay

Netflix, baque menor

  • Heraldo Palmeira

A Netflix está “comemorando” um tombo nos seus negócios. Como a expectativa apontava uma perda de 2 milhões de assinantes no primeiro trimestre de 2022 e o baque foi bem menor – “apenas” 970 mil clientes migraram para outras plataformas. A notícia terminou sendo bem recebida pelo mercado.

Mesmo assim, essa perda de assinantes interrompeu uma década de crescimento ininterrupto da empresa, causando espanto em Wall Street e Hollywood, que passaram a apostar nos serviços de streaming como o caminho para o futuro do entretenimento. Mesmo com uma queda acumulada (este ano) de 68% no valor das ações, a Netflix mantém confiança na manutenção da sua posição de liderança do mercado e informou que obteve recorde histórico de total de visualizações em junho, com 7,7% do bolo das plataformas.

A tábua de salvação para conter a sangria veio da área artística. A série Stranger Things bateu recordes de audiência, retendo assinantes no serviço. Esse produto chegou com tamanha força que causou reflexos na indústria fonográfica, trazendo novamente às paradas as músicas Master of Puppets, clássico da banda norte-americana Metallica, e Running Up That Hill, da fabulosa cantora inglesa Kate Bush, afilhada artística do guitarrista David Gilmour (Pink Floyd), que sempre se manteve retirada das badalações.

A Netflix continua líder no segmento de streaming e estima recuperar 1 milhão de clientes no próximo trimestre. Entretanto, mesmo que ocorra, essa recuperação ficará abaixo dos 1,83 milhão previsto pelos analistas para o período.

Diante do novo cenário, a empresa adotou corte de custos operacionais, inclusive demitindo quase 500 empregados desde maio, e trabalha para lançar uma versão mais barata de assinatura, quebrando um tabu e incluindo publicidade. Afinal, a Netflix estava posicionada desde sempre com uma alternativa sem publicidade à TV a cabo. Agora, o discurso mudou e a empresa acredita que os comerciais vão permitir o acesso de pessoas que consideram o serviço caro.

Em outra frente, já está testando em alguns países da América Latina (Argentina, El Salvador, Guatemala, Honduras e República Dominicana) a cobrança de taxas adicionais para o compartilhamento de senhas (US$ 1,70 a US$ 2,29, dependendo do país, e limitado a três endereços). Será mantido o acesso em viagens (celulares, notebooks e tablets).

Saiba mais

https://www.tecmundo.com.br/internet/240823-netflix-demite-300-funcionarios-meio-crise.htm

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