Por Heraldo Palmeira
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8 de novembro de 2024

A Semana

Sergei Tokmakov/Pixabay

A Semana

(Resumo de Mercado – 01 a 05 de agosto)

Ibovespa: 3,21% | 106.387 pontos

O Ibovespa encerrou em alta de 3,2% aos 106 mil pontos. No Brasil, o Copom elevou os juros em 50bps, em linha com o esperado pelo mercado, levando a Selic para 13,75%. Na declaração pós-reunião, o Comitê reconheceu que a inflação continua alta e que a atividade econômica se expandiu durante todo o segundo trimestre, com a recuperação do mercado de trabalho mais forte do que o esperado anteriormente. Além disso, pontuou a possibilidade de que as políticas fiscais que sustentam a demanda agregada se tornem permanentes, aumentando os riscos ascendentes do cenário inflacionário, e também afirmou que o risco crescente de uma maior desaceleração global aumenta os riscos de queda da inflação. Por fim, o Copom acrescentou que avaliaria a necessidade de um ajuste residual, de menor magnitude, em sua próxima reunião, considerando um aumento de 25bps para a reunião de setembro.

Nos EUA, as atenções foram para os dados de relatório de empregos, que veio muito além das expectativas do mercado. A economia dos Estados Unidos criou 528 mil empregos em julho, em termos líquidos, bem acima do consenso de mercado, que previa criação de 250 mil vagas. A taxa de desemprego dos EUA recuou para 3,5% em julho, ante 3,6% em junho, voltando ao nível de fevereiro de 2020, antes da pandemia de covid-19. Neste caso, a previsão era de que a taxa permaneceria em 3,6%. Os dados de emprego americano afastaram do mercado os temores de uma desaceleração da atividade econômica do país, porém também reforçam a possibilidade de uma alta de juros mais forte, pelo Federal Reserve, em sua próxima reunião que ocorrerá em setembro. Ainda em dados econômicos, a indústria de serviços dos EUA se recuperou inesperadamente em julho com um crescimento sólido, apoiando a opinião de que a economia não estava em recessão apesar da queda na produção no primeiro semestre. O índice de gerentes de compras, também conhecido como PMI, de serviços do país subiu de 55,3 em junho para 56,7 em julho. Uma leitura acima de 50 indica expansão no setor de serviços, que responde por mais de dois terços da atividade econômica dos Estados Unidos.

Por fim, a semana também contou com a visita planejada da presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan, ilha chinesa que se considera independente e não tem sua independência reconhecida pelo governo chinês, o que aumentou as tensões geopolíticas entre EUA e China. A visita da autoridade americana não foi bem-vista por Pequim, que reagiu com o início de grandes exercícios militares ao redor do território, além de culminar em sanções de vistos chineses contra Pelosi e membros de sua família.

O Dólar fechou a semana com queda de -0,18% em relação ao Real, em R$ 5,16/US$. Já a curva DI para o vértice de janeiro/31 apresentou queda de 45 bps na semana, atingindo 12,31%.

No cenário internacional para esta semana, os destaques serão a inflação ao consumidor de julho nos Estados Unidos, Alemanha e China, e ao produtor nos EUA e China. Além disso, dados de confiança nos EUA, produção industrial na Europa e de atividade e setor externo na China serão importante termômetro da atividade econômica global.

No Brasil, os destaques serão a divulgação da ata da última reunião do Copom e a inflação (IPCA) de julho. No campo da atividade econômica, teremos dados de varejo (PMC) e de serviços (PMS) referentes a junho.

Na Bolsa, o saldo acumulado da movimentação dos investidores estrangeiros foi de cerca de R$ 0,8 bilhão.

Fonte

Valore-Elbrus Investimentos | Modal Mais Investimentos (08.08.2022)

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