Por Heraldo Palmeira
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8 de novembro de 2024

A Semana

Sergei Tokmakov/Pixabay

A Semana

(Resumo de Mercado – 26 a 30 de setembro)

Ibovespa: -1,5% | 110.037 pontos

No mês de setembro, houve uma série de decisões de política monetária por bancos centrais globais, com destaque ao Federal Reserve, que aumentou mais uma vez as taxas de juros dos EUA em 0,75 p.p. e indicou que vai continuar apertando a política monetária para trazer a inflação para a meta. Com isso, aumentaram os temores de recessão global e, consequentemente, o sentimento de aversão a risco do mercado. Os principais índices globais voltaram a cair fortemente, enquanto o dólar voltou a ganhar força. O Ibovespa performou melhor que seus pares globais e encerrou a semana em queda de -1,5%, e o mês, em alta de 0,5% em reais e queda de -4,7% em dólares, enquanto o S&P encerrou o mês em queda de -9,3%. Já o DXY encerrou em alta de +3,2% no mês.

No Brasil, o Copom publicou a ata de sua última reunião, em que reforçou o tom duro – hawkish – do comunicado que acompanhou a decisão de juros na semana passada, destacando as condições para entregar a trajetória de política monetária esperada pelos analistas de mercado (e não um cenário de juros ainda mais apertados). Além disso, o IPCA-15, prévia da inflação mensal, recuou 0,37% em comparação a agosto, surpreendendo positivamente a estimativa do consenso. Após surpresas baixistas no período recente, equipes econômicas de demais casas de reserch revisaram  a projeção para o IPCA de 2022 de 6,1% para 5,6%.

Nos EUA, o núcleo do PCE – indicador de inflação preferido do Fed – acelerou em agosto, subindo 4,9% na comparação anual, acima da expectativa do mercado. O núcleo do indicador exclui a volatilidade de preços de alimentos e energia. Já sobre o indicador cheio, houve uma aceleração mensal de 0,3% em relação ao mês anterior. A confiança do consumidor nos países subiu pelo segundo mês consecutivo. O índice geral aumentou de 103,6 em agosto para 108,0 em setembro, alcançando o nível mais alto desde abril. Os sinais mais favoráveis advindos da pesquisa podem ser atribuídos, em grande medida, ao recuo nos preços de combustíveis e à solidez do mercado de trabalho.

Em território europeu, a libra esterlina atingiu seu menor valor contra do dólar dos últimos 37 anos, à medida que as preocupações com a situação fiscal do país aumentam em virtude do pacote fiscal anunciado. A inflação na zona do euro aumentou em 1,2% em setembro, acima das expectativas do mercado de 0,9%, levando taxa de variação anual a um novo recorde. No geral, energia e alimentos pressionaram o aumento deste mês mais uma vez e continuam sendo a principal preocupação.

Por fim, o índice de gerentes de compras (PMI) industrial na China subiu de 49,4 em agosto para 50,1 em setembro, resultado acima das expectativas de 49,8 do mercado. A leitura acima de 50 sugere expansão da atividade. Já o PMI de serviços recuou de 52,6 para 50,6 no período, ainda no território de expansão.

O Dólar fechou a semana com alta de 2,91% em relação ao Real, em R$ 5,42/US$. Já a curva DI para o vértice de janeiro/31 apresentou alta de 14 bps na semana, atingindo 11,76%.

Nessa semana, o saldo acumulado da movimentação dos investidores estrangeiros na Bolsa foi cerca de R$ 2,5 bilhões.

Para a semana em curso, o destaque internacional será a política monetária, com discursos de dirigentes do Fed e dados de emprego de setembro, que influenciam a tomada de decisão de juros.

No Brasil, o destaque será a repercussão das eleições, e possíveis sinalizações sobre a política econômica. O tema fiscal permanece o de maior atenção nos mercados. Entre os dados econômicos, destaque para as vendas no varejo e a produção industrial de agosto.

Fonte

Valore-Elbrus Investimentos | Modal Mais Investimentos | Grupo Credit Suisse (26.09.2022)

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