Por Heraldo Palmeira
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8 de novembro de 2024

A Semana

Sergei Tokmakov/Pixabay

A Semana

(Resumo de Mercado – 17 a 21 de outubro e perspectivas para a semana em curso)

Ibovespa: +7,0% | 119.928 pontos

Em semana de alta nos mercados globais, o Ibovespa encerrou com ganhos de 7,0%, quase aos 120 mil pontos. Dentre as ações que registraram os maiores movimentos ao longo dos dias, destaque para ações da Natura (NTCO3) que saltaram quase 18% após a companhia anunciar um possível IPO ou separação da Aesop. E Banco do Brasil (BBAS3) também subiu 14%, refletindo expectativas quanto às eleições. Na outra ponta, Americanas (AMER3) e MRV (MRVE3) foram as ações que mais caíram com uma piora nas expectativas dos resultados para o 3T22, que começa a ganhar força na semana que vem.

Nos EUA, os índices tiveram mais uma semana positiva, apesar da temporada de resultados do 3T22 mista até agora. Como destaque positivo na semana temos o Netflix, que subiu mais de +14%, reportando uma surpresa tanto no crescimento de sua base de usuários quanto em termos de lucratividade. Na ponta negativa temos a Tesla e o Snap, caindo -6,3% e -28% após as divulgações dos balanços. Em relação à Tesla, o mercado reagiu às expectativas mais fracas sobre a demanda futura dos veículos após a empresa decepcionar levemente as projeções de faturamento. Já o Snap apresentou seu menor crescimento de receitas desde o IPO, impactadas por menores gastos de propaganda, o que derrubou também outras empresas de tech americanas.

O rumo da política monetária continuou no radar e as taxas de juros das Treasuries de 10 anos chegaram a atingir quase o maior nível desde 2008. As taxas voltaram a cair com sinais de que o Federal Reserve pode começar a moderar as altas de juros em algum momento. Com isso, os índices americanos registraram um forte rali na sexta-feira e terminaram mais uma semana em território positivo.

Na Europa, as atenções seguiram voltadas para o Reino Unido. A primeira-ministra britânica, Liz Truss, renunciou após o mandato mais curto da história, forçada a sair depois que seu programa econômico minou a reputação de estabilidade financeira do país. O anúncio e um recuo dos planos anteriores de cortes de impostos foram bem recebidos pelo mercado britânico, com os títulos do governo (gilts) voltando a cair para níveis mais razoáveis.

Por fim, na China, Xi Jinping reafirmou que o suporte ao desenvolvimento econômico é uma de suas maiores prioridades, mas insistiu na política de zero covid e revitalizou preocupações relacionadas a um possível conflito com Taiwan. Além disso, a preocupação com o crescimento de curto prazo também foi alimentada pelo adiamento na divulgação dos números do PIB.

O Dólar fechou a semana com queda de -3,05% em relação ao Real, em R$ 5,16/US$. Já a curva DI para o vértice de janeiro/31 abriu -7 bps na semana, atingindo 11,74%.

Na semana, o saldo acumulado da movimentação dos investidores estrangeiros na Bolsa foi cerca de R$ 270 milhões.

No cenário internacional, o destaque será a divulgação dos dados de PMI e confiança do consumidor para os EUA, Zona do Euro e Alemanha. Além disso, venda de novas moradias, PIB, renda pessoal e deflator do PCE são os destaques para os EUA. Na Alemanha, serão divulgados CPI, PIB e vendas no varejo. Por fim, há a expectativa da decisão de juro na Europa e a divulgação dos dados de PIB chinês, além de outros, também importantes, relacionados à atividade do país.

Já no Brasil, teremos a divulgação do IPCA-15 de outubro, decisão do Copom acerca da taxa de juros Selic, taxa de desemprego da PNAD contínua, criação de empregos formais do CAGED, IGP-M de outubro, dados fiscais e dados relacionados ao setor externo.

Fonte

Valore-Elbrus Investimentos | Modal Mais Investimentos | Grupo Credit Suisse (24.10.2022)

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