Por Heraldo Palmeira
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22 de novembro de 2024

A Semana

Sergei Tokmakov/Pixabay

A Semana

(Resumo de Mercado – 24 a 28 de outubro e perspectivas para a semana em curso)

Ibovespa: -4,5% | 114.539 pontos

Em semana de aumento nas incertezas políticas, com o segundo turno das eleições no domingo, o Ibovespa encerra em queda de -4,5% aos 114 mil pontos. Dentre as ações que registraram os maiores movimentos ao longo dos dias, destaque para ações da Yduqs (YDUQ3) que subiram quase 22% influenciadas pelas perspectivas políticas. Na outra ponta, BRF (BRFS3) registrou queda de -17%, impactada pela perspectiva de desaceleração na recuperação econômica do país e bons resultados de seus peers. Já as estatais Petrobras (PETR4) e Banco do Brasil (BBAS3) registraram queda -13% devido às incertezas do cenário eleitoral.

No Brasil, o IPCA-15 de outubro ficou em 0,16%, acima das expectativas do mercado. A surpresa de alta concentrou-se em um único item, a passagem aérea. Além disso, a comunicação também registrou alta acima do esperado, justamente nos serviços com redução de impostos e nos que registraram deflação no mês anterior.

Nos EUA, o índice de preços PCE, medida de inflação preferida do Federal Reserve, veio em linha com o esperado, consolidando as expectativas do mercado de um aumento de 0,75 p.p. nos juros na próxima reunião do banco central americano. O PIB mostrou crescimento de 2,6% em termos anualizados no 3T22 em comparação com o trimestre anterior. A variação do PIB retornou ao território positivo após ter registrado duas contrações consecutivas no primeiro e segundo trimestres. Na temporada de resultados das empresas americanas, as big techs mostraram que não estão imunes ao cenário macro deteriorado e seus resultados decepcionaram o mercado. Mesmo assim, o S&P 500 e Nasdaq encerraram em alta de 4,0% e 2,2%, respectivamente.

Na China, o presidente Xi Jinping iniciou seu terceiro mandato consecutivo com novos aliados para cargos de liderança, sinalizou que não haverá trégua na verificação de empresas privadas e endossou a política zero Covid. O PIB surpreendeu positivamente o mercado, mostrando que o país se recuperou em um ritmo mais rápido do que o esperado no terceiro trimestre, crescendo 3,9% em relação ao ano anterior, superando a previsão de 3,4%, e mais rápido do que o crescimento de 0,4% no segundo trimestre.

Por fim, na Europa, o BCE elevou novamente suas taxas de juros em 0,75 p.p. e disse esperar aumentar ainda mais as taxas para assegurar o regresso da inflação – que hoje está em quase 10% – à meta de médio prazo de 2%. Nos últimos meses, a alta dos preços de energia e alimentos e os gargalos na oferta, atrelados à recuperação da demanda pós-pandemia, levaram a um aumento das pressões sobre os preços e ao aumento da inflação. O índice de confiança econômica da Zona do Euro registrou 92,5 pontos em outubro, seu menor valor dos últimos dois anos, à medida que o cenário macroeconômico segue complexo na região.

O Dólar fechou a semana com alta de 2,56% em relação ao Real, em R$ 5,29/US$. Já a curva DI para o vértice de janeiro/31 abriu +8 bps na semana, atingindo 11,83%.

Fluxo de estrangeiros na Bolsa brasileira

O saldo acumulado da movimentação dos investidores estrangeiros na Bolsa foi cerca de R$ 2,1 bilhões.

Na semana em curso, os mercados estarão atentos para a decisão do comitê de política monetária do FED e no comunicado pós-reunião, que deve trazer sinalizações importantes sobre os próximos passos do banco central americano. O Banco da Inglaterra também decidirá sobre juros e política monetária.

Entre os dados econômicos, os destaques serão os resultados do mercado de trabalho nos EUA de outubro, a inflação ao produtor (PPI) e ao consumidor (CPI) da Zona do Euro referentes a setembro e outubro, respectivamente. Ainda na Zona do Euro, o PIB do terceiro trimestre trará maior compreensão sobre o desempenho da economia europeia em meio à crise energética e inflação elevada.

No Brasil, a semana é marcada pelo pós-eleições e as sinalizações a respeito do futuro arcabouço fiscal. A política monetária continua em foco, com a divulgação da ata do Copom, e no campo dos dados econômicos o destaque será a produção industrial de setembro.

Fonte

Valore-Elbrus Investimentos | Modal Mais Investimentos | Grupo Credit Suisse (31.10.2022)

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