Por Heraldo Palmeira
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23 de novembro de 2024

A Semana 1

Foto: Sergei Tokmakov/Pixabay

A Semana 1

(Mercado – 1º a 8 de abril)

Ibovespa fecha em baixa de -2,7%

Ibovespa: -2,67% | 118.322 pontos

No cenário doméstico, ações da Petrobras reagiram a incertezas quanto ao comando da Petrobras. No início da semana, Adriano Pires desistiu formalmente de ocupar o cargo de presidente da companhia, depois da também desistência de Rodolfo Landim como Presidente do Conselho. Na quinta-feira, o Ministério de Minas e Energia indicou o José Mauro Coelho como o novo CEO, e Marcio Andrade Weber como presidente do conselho.

Na economia doméstica, foi divulgado os dados IPCA de março, que fecharam o mês em 1,62%, acima do esperado pelo mercado e o maior IPCA para março desde o início do Plano Real, e reforçando a expectativa de que o Banco Central deve continuar o ciclo de alta de juros. Ainda sobre o tema, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que o governo federal irá antecipar para 16 de abril o fim da bandeira de “Escassez Hídrica” nas contas de energia elétrica, criada no ano passado durante a crise de falta de chuvas que acometia o país. Antes da antecipação, a bandeira extraordinária ficaria em vigor até o final de abril.

Já nos EUA, a semana foi marcada pela divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve. O documento indicou que muitos membros da instituição tinham preferência pelo aumento da taxa de juros de referência em 0,50 p.p. em março, mas, à luz das maiores incertezas de curto prazo associadas ao conflito militar na Ucrânia, optaram por uma alta de 0,25 p.p. Além disso, o banco central indicou o plano de, a partir de maio, começar a reduzir seu balanço patrimonial do Fed.

Quanto à guerra na Ucrânia, novas sanções foram impostas à Rússia, contra dois dos maiores bancos da Rússia, além de sanções às filhas do presidente Vladimir Putin. A União Europeia discute embargo de petróleo à Rússia e até proibição de importação de gás e carvão russo apesar de fortes divergências sobre o tema.

Na China, em semana mais curta devido à um feriado local, cidades com casos de Covid-19 permanecem em lockdown. Na parte econômica, tivemos a divulgação do PMI de serviços que caiu de 50,2 em fevereiro para 42,0 em março, abaixo da marca de 50 pontos que separa crescimento de contração, indicando que a política de zero-covid no país começa a prejudicar a atividade econômica.

Em commodities, o petróleo Brent encerrou a semana em US$ 102 de -2,0%, após o anúncio da liberação de 60 milhões de barris adicionais, além dos 180 milhões anunciados previamente pelos EUA, pelos membros da International Energy Agency.

Câmbio e juros

O Dólar fechou a semana com uma alta de +1,22% em relação ao Real, em R$ 4,70/US$. Já a curva DI para o vértice de janeiro/31 apresentou alta de +44bps na semana, atingindo 11,67%.

O que esperar para semana que vem?

Para semana que vem, o destaque internacional será a reunião do Banco Central Europeu, que sinalizou a possibilidade de aumentar juros antes do previsto, à medida que a Zona do Euro atinge recordes de inflação. Na seara de dados, as principais divulgações serão a inflação ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) nos EUA referentes ao mês de março, que devem refletir pressões de preços decorrentes da guerra entre Rússia e Ucrânia, além de dados de atividade da China referentes a março.

No Brasil, o destaque entre dados econômicos será a atividade econômica referentes a fevereiro, com a volume de serviços e vendas no varejo. A greve no Banco Central continua e a data de divulgação de indicadores e publicações é incerta. Na semana, o mercado fica atento também à Assembleia da Petrobras, que vai definir os presidentes executivo e do conselho da companhia.

Fluxo de estrangeiros na Bolsa brasileira

Nessa semana, o saldo acumulado da movimentação dos investidores estrangeiros na Bolsa foi cerca de -R$ 26,5 milhões.

Fonte

Valore-Elbrus Investimentos | Modal Mais Investimentos (11.04.2022)

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