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A Semana 110
Resumo de Mercado – 20 a 24 de janeiro – e perspectivas para a semana em curso
Ibovespa: +0,1% | 122.447 pontos
O Ibovespa encerrou a semana com uma leve alta de 0,1% em reais e uma alta significativa de 2,7% em dólares, aos 122.447 pontos.
Resumo A liquidez do índice permaneceu baixa, com um ADTV de R$ 12,6 bilhões até a quinta-feira, parcialmente devido ao feriado nos EUA na segunda-feira, e R$ 14,9 bilhões em janeiro, abaixo da média dos últimos 12 meses (R$ 16,4 bilhões).
No cenário global, os mercados voltaram suas atenções à posse de Donald Trump como presidente dos EUA. Apesar de novas ameaças protecionistas, Trump surpreendeu ao evitar a imposição de tarifas nos primeiros dias de mandato, o que sustentou um tom mais otimista nos mercados. No Fórum Econômico de Davos, ele fez declarações que pressionaram o preço do petróleo (Brent: -3,0%) e reforçou sua demanda por uma redução na taxa de juros americana. Do lado micro, a temporada de resultados do 4T24 nos EUA continua: até o momento, 78 empresas do S&P 500 já reportaram seus resultados, com 79% superando as estimativas de lucro e revelando uma surpresa positiva de 7,9%, em média, de acordo com dados da Bloomberg.
No âmbito doméstico, como resultado do enfraquecimento do dólar o câmbio recuou (-2,7%). O IPCA-15 de janeiro surpreendeu para cima, especialmente a inflação de serviços, o que reforçou o cenário inflacionário para a economia durante o ano. Nosso time macro projeta um IPCA de 6,1% em 2025, agora com um viés de alta.
Ações Dentre os destaques positivos temos Cogna (COGN3, +9,6%) após o anúncio de um programa de recompra de ações e um banco de investimentos elencar o papel entre os seus favoritos do setor. Por outro lado, Raízen (RAIZ4: -7,4%) foi o destaque negativo, pressionada pela divulgação de uma prévia operacional do 3T25 abaixo das expectativas e pela redução de preço-alvo por um banco de investimentos.
Dólar O Dólar fechou a semana em queda de 2,7%, aos R$ 5,91/US$.
Juros A curva de juros abriu nas pontas curtas e permaneceu relativamente estável nas pontas intermediárias e longas. O DI jan/34 fechou 3 bps, aos 14,95%.
Perspectivas para a semana em curso
Cenário Internacional O principal evento econômico será a decisão de política monetária pelo banco central americano (Fed), para a qual espera-se manutenção da taxa básica de juros. Na Zona do Euro, o Banco Central Europeu também se reunirá e deverá entregar queda de 0,25 p.p. nos juros, após dados frágeis de atividade econômica divulgados recentemente. Do lado da inflação, o destaque será a publicação do deflator do PCE nos Estados Unidos – referente a dezembro. Além disso, a China divulgará, no final da semana, os lucros industriais e PMIs (índices de gerentes de compras) de janeiro.
Cenário Nacional O Banco Central deverá elevar a taxa Selic em 1,0 p.p. para 13,25%. A comunicação que acompanhará a decisão será fundamental para os preços de ativos domésticos. Do lado da atividade econômica, conheceremos o saldo de empregos formais (CAGED) e a taxa de desemprego (PNAD) de dezembro. Por fim, do lado fiscal, teremos a divulgação da arrecadação federal de dezembro e os resultados do governo e do setor público consolidado.
Fonte Valore-Elbrus (vinculada à XP Investimentos) | 27.01.25