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A Semana 113
Resumo de Mercado – 17 a 21 de fevereiro – e perspectivas para a semana em curso
Ibovespa: -0,9% | 127.128 pontos
O Ibovespa fechou a semana em queda de 0,9% em reais e 0,6% em dólares, aos 127.128 pontos.
Resumo No cenário global, a agenda econômica também foi mais calma, com o principal destaque sendo a ata da reunião do FOMC, que apresentou uma postura mais cautelosa, observando que a tendência de desinflação nos EUA perdeu força. Possíveis mudanças nas políticas de imigração e comércio também foram mencionadas como potenciais contribuintes negativos para as pressões inflacionárias. Do lado micro, a temporada global de resultados do 4T24 continua, com 327 empresas do S&P 500 já tendo divulgado seus resultados até agora, com 77% apresentando surpresas positivas nos lucros a uma surpresa média de 6,6%. Já os mercados chineses superaram seus pares globais (CSI300, +1,0%; HSI, +4,0%), impulsionados principalmente por uma alta nas ações da Alibaba (+15,3%) após a divulgação dos resultados da empresa. Por fim, os investidores repercutiram a notícia de que pesquisadores na China identificaram um novo coronavírus com potencial de disseminação semelhante ao vírus responsável pela pandemia de Covid-19.
No ambiente doméstico, em meio a uma agenda macroeconômica mais esvaziada as ações brasileiras passaram por uma correção após a alta da semana passada, apesar do desempenho positivo de blue chips como Vale (VALE3, +4,5%) e Petrobras (PETR3, +3,1%; PETR4, +3,1%). Assim, os papéis domésticos apresentaram um desempenho negativo, mesmo em meio a um fechamento da curva de juros. Além disso, a temporada de resultados do 4T24 também movimentou o mercado: até agora, 28 das 84 empresas que compõem o Ibovespa divulgaram seus resultados. Dessas, apenas 40,7% superaram as estimativas de lucro, com uma surpresa média de -53%.
Ações O destaque positivo da semana foi a Caixa Seguridade (CXSE3, +6,6%), impulsionada pela divulgação dos resultados do 4T24 da companhia.
Dólar O Dólar fechou a semana em alta de 0,6%, aos R$ 5,73/US$.
Juros A curva de juros fechou. O DI jan/34 fechou 7 bps, aos 14,39%.
Perspectivas para a semana em curso
Cenário Internacional Destaque para a divulgação do deflator PCE (despesas de consumo pessoal) nos Estados Unidos, referente a janeiro – índice de inflação chave para a condução da política monetária do Fed. Além disso, haverá a publicação da 2ª leitura do PIB dos Estados Unidos. O mercado aguarda também anúncios sobre tarifas de importação pelo governo americano, que podem afetar os preços de ativos financeiros de maneira relevante.
Cenário Nacional O protagonismo fica com o IPCA-15 de fevereiro – após alívio em janeiro, estimamos elevação significativa no item energia elétrica, devido à reversão do efeito do bônus de Itaipu, e em combustíveis, como reflexo da majoração do ICMS no mês corrente. Além disso, reajustes em mensalidades escolares devem trazer impacto relevante. Do lado da atividade econômica, os dados do Caged e da PNAD Contínua estarão no centro das atenções, particularmente a dinâmica dos rendimentos do trabalho. A arrecadação tributária federal e o resultado primário do governo também podem ser divulgados na semana.
Fonte Valore-Elbrus (vinculada à XP Investimentos) | 24.02.25