Por Heraldo Palmeira
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2 de abril de 2025

A Semana 114

Frycyk01/Paweł Szymczuk/Pixabay

A Semana 114

Resumo de Mercado – 3 a 7 de março – e perspectivas para a semana em curso

Ibovespa: +1,8% | 125.035 pontos

O Ibovespa fechou a semana em alta de 1,8% em reais e 3,5% em dólares, aos 125.035 pontos, em uma semana mais curta e com menor liquidez devido ao Carnaval.

Resumo As ações americanas registraram uma queda significativa (S&P 500, -3,1%; Nasdaq, -3,3%), impulsionada pelo aumento das preocupações com a atividade econômica, novas incertezas em relação à política comercial e fatores técnicos. Enquanto os dados de criação de empregos ficram apenas ligeiramente abaixo do esperado, um ISM de manufatura fraco e a revisão para baixo da estimativa de crescimento do PIB do 1T24 pelo modelo do Fed de Atlanta, para -2,4%, intensificaram os receios de desaceleração econômica. Em relação à política comercial, o início das tarifas de 25% sobre Canadá e México e a tarifa adicional de 10% sobre produtos chineses levaram a medidas retaliatórias por parte de Canadá e China. Apesar de uma série de exceções e postergações anunciadas por Trump, o sentimento dos investidores permaneceu pessimista. Também acreditamos que fatores técnicos, incluindo sinais de “CTA” de fundos quantitativos, desempenharam um papel importante na queda dos mercados. Enquanto isso, outras regiões, como Hong Kong (HSI, +5,7%) e Europa (STOXX50, +4,4%) apresentaram desempenhos positivos, reforçando a tendência de rotação regional.

Já as ações brasileiras também foram bem em meio a um fechamento da curva de juros e uma desvalorização do dólar. No cenário macro, o governo anunciou propostas para conter a alta da inflação dos alimentos, incluindo a redução de tarifas de importação e esforços para convencer os estados brasileiros a implementar uma isenção do ICMS sobre a cesta básica. Por fim, o PIB do 4T24 veio abaixo das expectativas, com o consumo das famílias sendo o principal destaque negativo, reforçando o cenário de desaceleração da economia nacional.

Ações Entre os destaques positivos da semana estiveram as ações cíclicas, como Magazine Luiza e Cogna (MGLU3, +9,9%; COGN3, +8,6%), que se beneficiaram do fechamento da curva de juros. Já na ponta negativa temos Petrobras (PETR3, -4,2%; PETR4, -3,6%), refletindo a queda no preço do petróleo (Brent, -3,9%).

Dólar O Dólar fechou a semana em queda de 2,7%, aos R$ 5,79/US$.

Juros A curva de juros fechou. O DI jan/34 fechou 49 bps, aos 14,58%.

Perspectivas para a semana em curso

Cenário Internacional Teremos uma semana com poucos indicadores, na qual o protagonismo será a inflação ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos de fevereiro, seguida pela inflação ao produtor (PPI).

Cenário Nacional O destaque será a divulgação do IPCA de fevereiro, para o qual esperamos forte alta mensal, fruto principalmente da reversão dos descontos na tarifa de energia pelo bônus de Itaipu. Ademais, indicadores relevantes de atividade econômica serão divulgados: a Pesquisa Industrial Mensal, a Pesquisa Mensal de Serviços e a Pesquisa Mensal do Comércio – todas referentes a janeiro. Por fim, o Banco Central publicará as estatísticas fiscais e de crédito, também de janeiro, do efeito do bônus de Itaipu, e em combustíveis, como reflexo da majoração do ICMS no mês corrente. Além disso, reajustes em mensalidades escolares devem trazer impacto relevante. No âmbito da atividade econômica, os dados do Caged e da PNAD Contínua estarão no centro das atenções, particularmente a dinâmica dos rendimentos do trabalho. A arrecadação tributária federal e o resultado primário do governo central também poderão ser divulgados.

Fonte Valore-Elbrus (vinculada à XP Investimentos) | 10.03.25

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