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A Semana 118
Resumo de Mercado – 5 a 9 de abril – e perspectivas para a semana em curso
Ibovespa: +1,0% | 136.512 pontos
O Ibovespa encerrou a semana com alta de 1,0% em reais e 1,2% em dólares, fechando a 136.512 pontos, impulsionado por um maior apetite de risco pós-Copom pelos investidores, que consideram que o ciclo de alta de juros pode estar próximo do fim.
Resumo Apesar de as bolsas americanas terem apresentado uma leve queda na semana (S&P 500: -0,5%; Nasdaq-100: -0,2%), após se recuperarem de um abril volátil, o fluxo de notícias pode ser considerado positivo. A declaração sobre o primeiro acordo comercial dos EUA (com o Reino Unido) desde o anúncio de tarifas universais pode ser vista como um passo positivo em direção a uma desescalada na guerra comercial entre os EUA e a China, com conversas preliminares já agendadas. Além disso, o Federal Reserve manteve as taxas inalteradas em 4,25-4,50%, conforme esperado – nosso time projeta 1 ou 2 cortes de 25 bps no máximo este ano, sob a tese de uma leve recessão. Adicionalmente, a notícia de que a OPEP+ está acelerando os aumentos de produção pode ser positiva para a desinflação e pressionou os níveis do Brent, que atingiram uma mínima de 60,23 USD/BBL, mas se recuperaram ao longo da semana. Além disso, os resultados do 1T25 foram melhores do que o esperado – até agora, 451 das empresas do S&P 500 reportaram, com 77% superando as estimativas de lucros em uma média de 8,3%, de acordo com dados da Bloomberg.
As ações brasileiras começaram a semana devagar, após se recuperarem da queda inicial do mês e até mesmo terem subido, permanecendo estáveis desde 24/04. Os investidores aguardavam a decisão do Copom, que veio conforme o esperado: um aumento de 50 bps levando a Selic para 14,75%. No entanto, a declaração pós-reunião trouxe elementos dovish que sugerem que o ciclo de alta está encerrado ou próximo disso. Isso impulsionou as ações para cima na sessão pós Copom em +2,1%, que contribuiu principalmente para o desempenho de +1,0% desta semana. No entanto, destacamos que, apesar de não oferecer uma orientação clara para a próxima reunião, citando a necessidade de “cautela adicional” e “flexibilidade para incorporar dados que impactem as perspectivas de inflação”, isso significa, em nossa visão, que se houver outro aumento, será de 25 bps. Nossa equipe acredita que as pressões inflacionárias internas, incluindo recentes medidas de apoio ao crescimento do lado fiscal e expectativas de inflação desancoradas, eventualmente convencerão o Copom a realizar um último aumento de 25 bps em sua próxima reunião. Além disso, a previsão de inflação do Copom permanece acima da meta, em 3,6% no horizonte relevante (ano completo de 2026, o mesmo horizonte relevante para a reunião de junho). Enquanto isso, a temporada de resultados do 1T25 está em andamento, com 54 dos 84 constituintes do Ibovespa tendo reportado até agora, dos quais apenas 53% superaram as estimativas de lucros, com uma surpresa média negativa de -3,0%.
Ações Entre os principais desempenhos da semana, destacou-se a Azzas 2154 (AZZA3, +20,2%), após divulgar resultados fortes do 1T. Por outro lado, a Raia Drogasil (RADL3, -22,5%) foi o destaque negativo após divulgar resultados fracos do 1T.
Dólar O Dólar fechou a semana em queda de 0,05%, aos R$ 5,65/US$.
Juros A curva de juros fechou. O DI jan/34 fechou 31 bps, aos 13,51%.
Perspectivas para a semana em curso
Cenário internacional O destaque será o encontro, no final de semana, entre os representantes dos governos americano e chinês para discussões sobre tarifas, quando é esperado que algum anúncio seja feito. Na agenda de indicadores, o protagonismo ficará pela divulgação de índices de inflação nos Estados Unidos, tanto ao produtor quanto ao consumidor, referentes a abril. Além disso, há expectativa para os dados de vendas varejistas e produção industrial do último mês, os primeiros após o “Dia da Libertação”.
Cenário nacional A ata da última reunião do Copom será o principal destaque, uma vez que detalhará as discussões que levaram o Banco Central a elevar a taxa de juros para 14,75%. Do lado da atividade econômica, a Pesquisa Mensal do Comério e a Pesquisa Mensal de Serviços referentes a março serão divulgadas pelo IBGE.
Fonte Valore-Elbrus (vinculada à XP Investimentos) | 12.05.25