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A Semana 119
Resumo de Mercado – 12 a 16 de maio – e perspectivas para a semana em curso
Ibovespa: +2,0% | 139.187 pontos
O Ibovespa fechou a semana em alta de 2,0% em reais e 1,5% em dólares, aos 139.187 pontos, atingindo sua máxima histórica de fechamento.
Resumo As ações brasileiras tiveram mais uma semana positiva, impulsionadas pela continuidade do movimento de apetite por risco. A ata do Copom reforçou o tom mais brando (dovish) da decisão da semana anterior, o que levou o Ibovespa a subir 1,8% na terça-feira e explicou a maior parte dos ganhos de 2,0% na semana. Ao mesmo tempo, ruídos fiscais voltaram à cena após notícias de que o governo estaria preparando um pacote de medidas com possíveis implicações negativas para as contas públicas, o que causou uma valorização de 0,8% no dólar na quinta-feira. Contudo, essas informações foram posteriormente negadas pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad.
Do lado micro, a temporada de resultados do 1T25 está próxima do fim. Até agora, quase todas as empresas das aproximadamente 150 companhias sob cobertura da XP já divulgaram seus resultados, com 51% superando as estimativas de lucro líquido, 26% ficando abaixo e 23% em linha.
Os mercados globais também tiveram uma performance bastante positiva (S&P 500, +5.3%; Nasdaq, +6,8%; HSI, +1,6%), após uma significativa desescalada nas tensões comerciais entre China e EUA, com um novo acordo suspendendo a maior parte das tarifas bilaterais entre os dois países por 90 dias. Como resultado, os rendimentos das Treasuries americanas subiram, com os rendimentos de 10 anos passando de 4,38% para 4,48% (+10 bps), e o dólar se fortaleceu (DXY, +0,6%).
Em relação aos dados macroeconômicos, o PPI de abril caiu 0,5%, abaixo das expectativas, aliviando preocupações com a inflação. Apesar disso, os dados de sentimento e expectativas (soft data) continuaram se deteriorando, com a confiança do consumidor medida pela Universidade de Michigan caindo e as expectativas de inflação em um ano subindo. No cenário micro, a temporada global de resultados do 1T25 também está próxima do fim. Até agora, 462 das empresas do S&P 500 já divulgaram seus balanços, com 77% superando as estimativas de lucro, em média, em 8,3%, segundo dados da Bloomberg.
Ações O principal destaque positivo da semana foi a Marfrig (MRFG3, +26,3%), impulsionada pelo anúncio de fusão com a BRF (BRFS3, +8,2%). Na ponta negativa, o Banco do Brasil (BBAS3, -13,1%) liderou as perdas após a divulgação de seus resultados do 1T25, que decepcionaram os investidores.
Dólar O Dólar fechou a semana em alta de 0,2%, aos R$ 5,66/US$.
Juros A curva de juros abriu. O DI jan/34 abriu 25 bps, aos 13,78%.
Perspectivas para a semana em curso
Cenário internacional Agenda de poucos indicadores. Destaque para os índices PMIs nos Estados Unidos e na Zona do Euro – trata-se de sondagens com empresas sobre as suas percepções sobre custos, demanda e receitas.
Cenário nacional O principal evento econômico será a apresentação do Relatório Bimestral de Receita e Despesas pelo governo. Em termos de indicadores, o Banco Central divulgará o IBC-BR de março, para o qual esperamos desaceleração no acumulado em doze meses.
Fonte Valore-Elbrus (vinculada à XP Investimentos) | 19.05.25