Por Heraldo Palmeira
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7 de novembro de 2024

A Semana

Sergei Tokmakov/Pixabay

A Semana

(Mercado – 4 a 8 de julho)

Ibovespa: 1,35% | 100.289 pontos

Na primeira semana de julho, o Ibovespa encerrou em alta de +1,35% aos 100 mil pontos, com o mercado marcado por dois principais acontecimentos. O primeiro, a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve. Nela, os diretores do comitê de política monetária americano reiteraram uma postura dura contra a inflação, dizendo que outra alta de 50 ou 75 pontos-base, na reunião de 26 a 27 de julho, “provavelmente seria apropriada”. Além disso, destacaram que uma política monetária mais restritiva que o esperado pode ser necessária, indicando elevações de juros até o começo do ano que vem e chegando a 3,75%, com cortes esperados apenas em 2024. O segundo acontecimento foi a divulgação dos dados de emprego do país, que aumentaram as expectativas do mercado por uma alta de 75 bps, com 372 mil vagas de trabalho abertas, bem acima da expectativa de 268 mil, mostrando que o mercado de trabalho americano continua forte.

Ainda nos EUA, os movimentos dos títulos de renda fixa chamam a atenção, à medida que a curva se inverteu no país novamente. Isso acontece quando os rendimentos de prazos mais curtos, como os títulos de dois anos, são maiores do que os de dívidas de prazos mais longos, como os de dez anos. Nessa quarta-feira (6) o rendimento de dois anos estava em 2,843%, em comparação com 2,814% para os de dez. Historicamente, todas as recessões econômicas nos EUA foram precedidas por essa inversão.

No Brasil, o IPCA subiu 0,67% em junho, na comparação com maio, um pouco abaixo dos 0,7% esperados pelo mercado. No ano, a inflação acumulada é de 5,49% e, nos últimos 12 meses, de 11,89%. A produção industrial brasileira aumentou 0,3% entre abril e maio. Este resultado representou o quarto aumento mensal consecutivo, embora não compense totalmente a queda de 1,9% registrada em janeiro. Apesar da melhoria recente, o setor industrial está 1,1% abaixo dos níveis pré-pandemia. A expectativa é de que a indústria brasileira deva se recuperar gradativamente ao longo deste ano. A votação da PEC dos Benefícios em comissão especial na Câmara dos Deputados foi adiada na madrugada da quarta-feira (6), após um pedido de vistas. A nova votação deve ser realizada nesta terça-feira (12).

Já na China, novos lockdowns mantêm as incertezas sobre a força do crescimento. Xangai registrou o maior número de infecções por Covid-19 desde o final de maio, alimentando a preocupação de que possa voltar aos bloqueios impostos por sua política de Covid Zero. A cidade de Pequim informou que a comprovação de vacinação será necessária para as pessoas entrarem em centros esportivos, locais de entretenimento e muitos outros a partir da próxima semana. Em junho, a atividade de serviços da China expandiu no ritmo mais rápido em quase um ano. O índice PMI de serviços subiu para 54,5 em junho, em comparação com 41,4 em maio, indicando que o segmento voltou a crescer após o país reverter medidas de restrição motivadas pela pandemia.

O Dólar fechou a semana com alta de 1,43% em relação ao Real, em R$ 5,26/US$. Já a curva DI para o vértice de janeiro/31 apresentou alta de 24 bps na semana, atingindo 13,06%.

Para esta semana (11 a 15/07), no cenário internacional o destaque será a inflação americana ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) de junho, e a publicação do Livro Bege pelo Fed, que reúne informações sobre as condições econômicas nos EUA. Além disso, dados de setor externo e atividade na China serão importantes termômetros para a atividade global.

No Brasil, o foco vai continuar na tramitação da PEC dos Benefícios Fiscais, que deve ser votada na Câmara. Na seara de indicadores, os destaques serão a divulgação do volume de serviços e das vendas no varejo referentes a maio.

Fonte

Valore-Elbrus Investimentos | Modal Mais Investimentos (11.07. 2022)

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