Por Heraldo Palmeira
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22 de novembro de 2024

A Semana

Sergei Tokmakov/Pixabay

A Semana

(Mercado – 25 a 29 de julho)

Ibovespa: 4,29% | 103.164 pontos

Em semana carregada de eventos e dados importantes, o Ibovespa encerrou com uma forte alta de 4,3% aos 103 mil pontos, praticamente todos os ganhos de todo o mês de julho, que fechou em +4,7%. Lá fora, os mercados globais também fecharam o mês positivo, com o S&P 500 registrando o melhor mês desde novembro de 2020.

Um dos principais eventos foi a reunião do Federal Reserve nos EUA. O FOMC, Comitê de Política Monetária, anunciou a elevação em 0,75 p.p. da taxa de juros americana, como amplamente esperado, passando para 2,25% a 2,50%. Em discurso, interpretado como dovish, o presidente Jerome Powell disse que a economia do país já começa a dar sinais de desaceleração, apesar de isso ainda não ter refletido nos dados de trabalho e inflação, e que já considera que o banco central entrou em território neutro de juros. Daqui para frente, Powell indicou que poderá ser apropriado desacelerar o ritmo das altas, a depender dos dados econômicos.

De dados econômicos, destaque para o PIB americano e o deflator PCE. A economia americana contraiu pelo segundo trimestre consecutivo em -0,9% (no segundo trimestre), indicando que entrou em uma “recessão técnica”. E, na sexta, foi divulgado o PCE, medida de inflação preferida pelo Fed. A inflação cheia e a núcleo (que exclui variáveis mais voláteis como alimentos e energia), subiram novamente, acumulando uma alta de 6,8% e 3,8%, respectivamente nos 12 meses encerrados em junho.

Destaque também para a temporada de resultados do segundo trimestre. Lá fora, 277 das empresas do S&P 500 reportaram seus balanços, com 73% delas superando expectativas de lucros, segundo a Bloomberg, indicando que os resultados têm vindo melhores do que o esperado e que estão conseguindo navegar o cenário de desaceleração econômica e juros subindo. As big techs Apple, Microsoft, Amazon e Alphabet subiram forte depois dos resultados e puxaram os índices para cima. No Brasil, a temporada também começou a ganhar força, com destaque para Petrobras, que surpreendeu e anunciou dividendos recordes.

Por fim, o IPCA-15 de julho subiu 0,13%, ligeiramente abaixo das expectativas do mercado e da nossa projeção de 0,16%. A leitura de julho é a primeira com o impacto das medidas de redução de impostos sobre os preços de eletricidade, combustíveis e telecomunicações. Apesar dos efeitos dos cortes de impostos, os serviços ainda estão sob pressão. Na parte política, a percepção de aumento de risco fiscal no país segue se intensificando, com o atual governo e candidatos à presidência dando indícios de que pretendem prorrogar para 2023 os auxílios aprovados pela PEC Emergencial.

O Dólar fechou a semana com queda de -5,91% em relação ao Real, em R$ 5,17/US$. Já a curva DI para o vértice de janeiro/31 apresentou queda de 65 bps na semana, atingindo 12,75%.

No cenário internacional, o destaque será a divulgação de dados de mercado de trabalho nos EUA, incluindo a criação de empregos (payroll). Ademais, teremos os índices de gerentes de compras (PMIs) de julho dos países desenvolvidos, a inflação ao produtor de julho e outros dados de atividade na Zona Euro.

No Brasil, o principal evento econômico da semana será a decisão de juros pelo Comitê de Política Monetária do Bacen, o Copom. Esperamos que este seja o último aumento do ciclo, e que a taxa Selic chegue a 13,75% a.a. Além disso, teremos também a produção industrial de junho, a produção e vendas de veículos de julho e a inflação medida pelo IGP-DI de julho.

Fonte

Valore-Elbrus Investimentos | Modal Mais Investimentos (01.08.2022)

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