Por Heraldo Palmeira
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22 de novembro de 2024

A Semana

Sergei Tokmakov/Pixabay

A Semana

(Resumo de Mercado – 08 a 12 de agosto)

Ibovespa: 5,9% | 112.764 pontos

Com as temporadas de resultado do Brasil e dos EUA se encaminhando para o fim, mas ainda em uma semana repleta de resultados de empresas brasileiras – com 73% dos resultados do 2T22 acima das nossas expectativas até agora – o Ibovespa reagiu bem aos números das companhias, que vieram mais consistentes do que o antecipado, e encerrou o período em alta de +5,9% aos 112 mil pontos. No Brasil, o IPCA de julho caiu 0,68% no mês, e acumula alta de 10,1% em 12 meses, abaixo dos 11,89% de junho. A leitura de julho foi fortemente influenciada pelo impacto das medidas de redução de impostos sobre os preços de energia elétrica, combustíveis e telecomunicações. Onde as esquipes econômicas das maiores casas de análise brasileira mantêm a projeção de 7,0% para o IPCA em 2022.

Nos EUA, a inflação ao consumidor, também conhecida como CPI, desacelerou para 8,5%, abaixo do esperado pelo mercado, embora permaneça em níveis historicamente muito elevados. O índice de preços ao produtor, também conhecido como PPI, desacelerou para 9,8%. Os dados de inflação foram vistos positivamente pelo mercado, reforçando as expectativas de que o Federal Reserve aumente a taxa de juros em 50bps em sua próxima reunião, ao invés dos 75bps esperados anteriormente. Contudo, a percepção ainda é de que o Federal Reserve precisa aumentar agressivamente os juros e levar a inflação à meta de 2%. Como reflexo dos dados de inflação americana melhores do que o esperado, o índice Nasdaq que voltou a entrar em território de bull market – que marca uma alta de 20% ou mais em relação a última baixa – encerrando o mais longo período de baixa do índice desde a crise financeira. Além disso, a pesquisa de sentimento do consumidor, realizada pela Universidade de Michigan, subiu a 55,1, contra 51,5 no mês anterior, superando os 52,5 esperados pelo mercado. O dado melhorou ainda mais em agosto em relação a junho, quando o índice tocou a mínima recorde de 50.

Na China, o tema também foi a inflação. O índice de preços ao consumidor, CPI, do país subiu 2,7% em julho, acima da leitura de 2,5% no mês anterior. Já o índice de preços ao produtor, PPI, caiu para 4,2% de 6,1% no mês anterior. A queda nos preços ao produtor ocorre depois que uma série de bloqueios relacionados ao Covid nos principais centros industriais paralisaram a atividade econômica. A atividade fabril, em particular, ainda sofre com efeitos dos bloqueios, mostrando uma contração inesperada em julho. Ainda assim, a leitura do CPI foi a mais alta desde o final de 2020.

O Dólar fechou a semana com queda de -1,73% em relação ao Real, em R$ 5,07/US$. Já a curva DI para o vértice de janeiro/31 apresentou queda de 34 bps na semana, atingindo 11,94%.

No cenário internacional, o destaque dessa semana será a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária dos EUA (o FOMC), assim como a inflação ao consumidor de julho e a segunda prévia do PIB do segundo trimestre da Zona Euro.

No Brasil, teremos a proxy do PIB divulgada pelo Banco Central referente a junho e o monitor do PIB da FGV. No Congresso, seguem as discussões acerca do orçamento de 2023.

Fluxo de estrangeiros na Bolsa brasileira.

Na semana, o saldo acumulado da movimentação dos investidores estrangeiros na Bolsa foi cerca de R$ 3,2 bilhões, até dia 10/08/2022.

Fonte

Valore-Elbrus Investimentos | Modal Mais Investimentos (15.08.2022)

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