Por Heraldo Palmeira
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7 de novembro de 2024

A Semana

Sergei Tokmakov/Pixabay

A Semana

(Resumo de Mercado – 03 a 07 de outubro e perspectivas para a semana em curso)

Ibovespa: 5,8% | 116.375 pontos

Na semana pós primeiro turno das eleições, o Ibovespa encerrou com alta de 5,8% aos 116.375 pontos. Os resultados do dia 2 de outubro, com um cenário mais apertado do que as projeções, gerou um rali nos ativos domésticos. Estatais como Petrobras e Banco do Brasil chegaram ver um forte rali no início da semana impulsionadas por um possível governo mais ao centro. E papéis com exposição a eleições estaduais como Sabesp e Copasa subiram 16% e 12% na segunda-feira, repercutindo, respectivamente, a ascensão do candidato Tarcísio de Freitas no 1º turno paulista e a reeleição do governador Romeu Zema em Minas Gerais.

As maiores altas da semana foram marcadas por varejistas como Americanas (+24,3%), Via (+22,3%) e Magazine Luiza (+18,5%), que também subiram com os resultados das eleições, vistas como mais favoráveis. Destaque também para a 3R (20,4%) que reagiu ao corte de produção de petróleo pela OPEP+ em 2 milhões de barris por dia a partir de novembro. Após terem atingido cerca de US$ 120/barril no início de junho, os preços internacionais de referência chegaram a recuar para níveis próximos a US$ 80/barril recentemente, em meio aos riscos crescentes de uma recessão econômica global. Com a notícia, o barril do Brent terminou a semana com alta de +15%.

Nos EUA, o relatório de emprego mostrou a criação de 263 mil vagas em setembro, um pouco acima do esperado pelo mercado, enquanto a taxa de desemprego caiu para 3,5% de 3,7%. Os dados bastante sólidos dão espaço para o Federal Reserve continuar subindo o juro para esfriar o mercado de trabalho e conter a pressão inflacionária. Além disso, vários dirigentes do Fed se pronunciaram ao longo da semana, com destaque à presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, que reiterou que o banco central deverá manter os juros em patamares elevados até que a inflação retorne para a meta de 2%. Temores de que o Fed continue com uma alta significativa na próxima reunião levou os mercados americanos a caírem na sexta, mas ainda assim terminaram a semana no positivo, com o S&P 500 acumulando alta de +1,5%.

Na Zona do Euro, a ata da última reunião do Banco Central Europeu trouxe uma preocupação crescente com o potencial de inflação “autorreforçada”, com os pacotes fiscais dos governos e com a fraqueza do euro, três fatores que podem manter a inflação na região mais elevada mesmo diante de uma recessão. Os comentários reforçaram as expectativas de grandes aumentos de juros nas próximas reuniões, mesmo com preocupações de que a economia da região esteja caminhando para uma recessão. A provável alta de juros e aumento no risco de recessão tiraram o fôlego das Bolsas europeias, mas, mesmo assim, o Euro Stoxx encerrou a semana com alta de +1,7% e o FTSE 100 em +1,1%, puxadas pelo rali observado no início da semana – com os índices europeus acompanhando o positivismo do mercado americano.

O Dólar fechou a semana com queda de 3,92% em relação ao Real, em R$ 5,20/US$. Já a curva DI para o vértice de janeiro/31 apresentou queda de 22 bps na semana, atingindo 11,58%.

Na semana, o saldo acumulado da movimentação dos investidores estrangeiros na Bolsa foi cerca de R$ 4,1 bilhões.

Para a semana em curso, o destaque internacional será a divulgação dos dados de produção industrial para Reino Unido e Zona do Euro. Nos EUA, atenção para a divulgação da inflação e novos pedidos de seguro-desemprego.

No Brasil, entre os dados econômicos, destaque para divulgação do IPCA e volume de serviços de agosto.

Fonte

Valore-Elbrus Investimentos | Modal Mais Investimentos | Grupo Credit Suisse (10.10.2022)

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