Por Heraldo Palmeira
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22 de novembro de 2024

A Semana

Sergei Tokmakov/Pixabay

A Semana

(Resumo de Mercado – 31 de outubro a 04 de novembro e perspectivas para a semana em curso)

Ibovespa: +3,2% | 118.155 pontos

Na semana pós-eleições presidenciais no Brasil, o Ibovespa encerrou em alta de +3,2% aos 118 mil pontos, refletindo uma percepção de transição democrática sem rupturas e puxado pela boa performance das commodities. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito presidente do Brasil e, a partir de 1 de janeiro de 2023, presidirá o país em seu terceiro mandato. Eleito, Lula tem desafio de contemplar demandas sociais sem abrir mão da responsabilidade fiscal, e as principais questões adiante serão a formação da nova equipe econômica e a mudança no teto de gastos. Reverberando o resultado das eleições, Petrobras (PETR4) caiu -13% na semana, com as incertezas em relação à futura política de precificação de combustíveis, bem como seus programas de investimentos futuros. Na ponta oposta, a 3R Petroleum (RRRP3) teve alta de quase 18%, com a alta do preço do barril de petróleo e resultados positivos para o 3T22.

Nos EUA, conforme amplamente esperado pelo mercado, o comitê de política monetária do Federal Reserve elevou ontem sua taxa de juros de referência em 0,75pp pela quarta vez consecutiva. Com isso, a Fed Funds rate chegou ao intervalo entre 3,75% e 4,00%, avançando em território contracionista. Após o anúncio, o discurso feito pelo presidente do Fed, Jerome Powell, foi visto como hawkish – duro – pelo mercado, com a menção de que um movimento de desaceleração no ciclo de alta dos juros americanos ainda pode ser considerado precoce. Adicionalmente, Powell reafirmou o compromisso do banco central americano em trazer a inflação de volta para a meta de 2%, e que os dados de inflação e mercado de trabalho seguirão balizando as decisões das taxas de juros. O mercado de trabalho dos Estados Unidos continua aquecido, com a criação de 261 mil vagas, bem acima do esperado, o que reforça o discurso de Powell. Com isso, o S&P 500 e Nasdaq encerraram a semana em queda de -3,3% e -5,6%, respectivamente.

Na China, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) de serviços recuou de 49,3 em setembro para 48,4 em outubro, chegando ao menor patamar desde maio. A marca de 50 pontos separa contração de expansão na base mensal. Após crescimento mais forte que o esperado no 3º trimestre, a economia chinesa volta a mostrar sinais de enfraquecimento em meio a persistentes restrições relacionadas à pandemia – política de tolerância zero à Covid-19 – e problemas no setor imobiliário. No país, crescem os rumores sobre uma possível flexibilização das restrições da política zero Covid, e, com isso, a melhora do sentimento do mercado em relação ao crescimento chinês, principalmente já focado no ano de 2023.

O Dólar fechou a semana com queda de -4,46% em relação ao Real, em R$ 5,07/US$. Já a curva DI para o vértice de janeiro/31 abriu -14 bps na semana, atingindo 11,67%.

O saldo acumulado da movimentação dos investidores estrangeiros na Bolsa foi cerca de R$ 3 bilhões.

Fonte

Valore-Elbrus Investimentos | Modal Mais Investimentos | Grupo Credit Suisse (07.11.2022)

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