Por Heraldo Palmeira
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7 de novembro de 2024

A Semana

Foto: Sergei Tokmakov/Pixabay

A Semana

(Mercado – 25 a 29 de abril)

Ibovespa encerra em queda de -2,9%

Ibovespa: -2,9% | 107.876 pontos

Em uma semana de quedas fortes nos mercados globais, o Ibovespa encerrou com uma baixa de -2,9% aos 108 mil pontos, encerrando o mês de abril em -10,1%, o primeiro mês negativo no ano.

Em abril, os mercados internacionais também tiveram um período difícil, o Nasdaq teve o pior mês desde outubro de 2008, e o S&P 500 o pior desde março de 2020.

Na economia doméstica tivemos a divulgação da prévia do IPCA-15 para o mês de abril, que ficou em 1,73%, o maior valor desde 1995, mesmo assim abaixo das expectativas.

Já nos EUA, a semana foi de grande importância para a temporada de resultados, com a divulgação dos resultados das big techs americanas.

Destaque para a Amazon, que caiu para -14% na sexta-feira, o que contaminou o humor dos mercados no final da semana.

Outro destaque corporativo foi a compra da empresa Twitter pelo bilionário Elon Musk, por aproximadamente US$ 44 bilhões.

Na economia americana, destaque para a divulgação do PIB, que recuou -1,4% em termos anualizados no primeiro trimestre de 2022, muito abaixo do consenso que apontava um crescimento de 1,1% no período. Essa retração da atividade econômica dos EUA pode ser atribuída a fatores pontuais, como a balança comercial, e não a uma tendência de recessão.

Devido a esses fatores, o encolhimento do PIB no primeiro trimestre não deve alterar os planos do Federal Reserve – que se reunirá na próxima semana – de acelerar o ritmo de alta dos juros no país.

Mais um dado econômico americano importante da semana foi índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), medida preferida de inflação do Fed. O resultado da inflação núcleo, que exclui alimentos e energia, foi praticamente em linha com o esperado, com uma alta de 5,2%.

Outro fator que preocupou investidores foi a política de zero-Covid da China, que já prejudica as perspectivas de recuperação econômica global e intensifica os problemas nas cadeias produtivas globais. O medo de mais um lockdown se intensificou com a expansão dos testes em massa na cidade de Pequim.

Por outro lado, o governo chinês reafirmou que implementará políticas para estimular a economia.

Câmbio e juros

O dólar fechou a semana com alta de +3,1% em relação ao real, em R$ 4,98/US$. Já a curva DI para o vértice de janeiro/31 apresentou queda de -10bps na semana, atingindo 12,09%.

O principal evento econômico nessa semana será a definição da taxa de juros americana pelo FOMC, Comitê de Política Monetária do Fed. O mercado espera uma elevação de 0,5 p.p., levando a taxa de juros para o intervalo de 0,75% a 1%.

Outros destaques serão a inflação ao produtor e a taxa de desemprego na Europa para março, além de dados de emprego de abril nos EUA. Teremos ainda a divulgação dos índices de gerentes de compras de países desenvolvidos, importantes indicadores de atividade econômica.

No Brasil, o destaque será o Copom, que irá definir a taxa básica de juros (esperamos alta de 1pp, que deve levar a Selic para 12,75% a.a.). Além disso, serão divulgados o IBC-Br (proxy do PIB) de fevereiro e a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) referente a março, estatísticas fiscais de fevereiro e o IGP-DI de abril.

Fluxo de estrangeiros na Bolsa brasileira

Nesta semana, o saldo acumulado da movimentação dos investidores estrangeiros na Bolsa foi cerca de -R$ 4,4 bilhões.

Fonte

Valore-Elbrus Investimentos | Modal Mais Investimentos (02.05.2022)

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