Por Heraldo Palmeira
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21 de novembro de 2024

A Semana

Foto: Sergei Tokmakov/Pixabay

A Semana

(Mercado – 02 a 06 de maio)

Ibovespa encerra em queda de -2,54%

Ibovespa: -2,54% | 105.135 pontos

Em semana marcada pela intensa volatilidade para os mercados globais após a decisão da taxa de juros americana, o que inclui o Brasil, o Ibovespa encerrou em queda de -2,5% aos 105 mil pontos. Grande causador do aumento da volatilidade na semana, o Federal Reserve deu mais um passo em sua política de aperto monetário, ao subir a taxa de juros em 0,50 p.p. – superando a alta de 0,25 pp da reunião anterior – e sinalizar que o ciclo deve continuar nesse ritmo adiante.

Além disso, o banco central americano afirmou que começará a redução de US$ 47,5 bilhões/mês do seu balanço patrimonial em junho, aumentando o ritmo após 3 meses para uma redução de US$ 95 bilhões/mês.

Em coletiva de imprensa após o anúncio, o presidente do Fed Jerome Powell anulou especulações sobre um aperto monetário mais agressivo e esclareceu que a instituição não está considerando ativamente um aumento maior, de 75 pontos base. Antes mesmo do anúncio do aumento nos juros, o Título americano de 10 anos foi negociado acima de 3% já no início da semana, o nível mais alto desde 2018, antecipando a continuidade do ciclo de aperto monetário.

Nos dados econômicos americanos, as vagas de emprego nos EUA e o número de americanos que deixaram seus empregos em março subiu para patamares recordes, indicando que os empregadores continuam lutando para reter e contratar trabalhadores. O número de posições disponíveis aumentou para 11,5 milhões no mês, acima dos 11,3 milhões em fevereiro, e superando os 11,2 milhões esperados pelo consenso. No relatório de emprego, conhecido como nonfarm payroll, foi constatada a criação líquida de 428 mil empregos em abril, número bem acima das 391 mil vagas esperadas pelo mercado. A taxa de desemprego permaneceu em 3,6% no mês, enquanto a remuneração média por hora subiu 0,3%, contra previsão de alta de 0,4%. Os dados destacaram os fortes fundamentos da economia norte-americana, apesar da contração do PIB no primeiro trimestre.

No Brasil, a semana foi marcada pelo anúncio do Banco Central de aumento da Selic em 1,0 ponto percentual, que passa a 12,75% ao ano, em linha com o esperado pelo mercado. Além disso, o BC indicou ser provável uma extensão do ciclo de alta dos juros com um ajuste de menor magnitude na próxima reunião, em junho, sem especificar se esse seria o último aumento da taxa. Ainda assim, a equipe de economia da XP mantém a projeção de 13,75% como taxa terminal, por acreditar que, como as perspectivas de inflação continuam desafiadoras, o Copom acabará optando por manter o ritmo de aumento em 1,0 p.p. – ou mesmo fazer duas altas adicionais de 0,5 p.p. No mercado de ações brasileiro, a temporada de resultados segue, com quase 60% do Ibovespa já com os resultados reportados. Destaque positivo para Petrobras, que reportou resultados fortes e dividendos altos, afastando o temor político e segurando parte das perdas do Ibovespa na semana.

Na China, o presidente Xi Jinping pediu para prosseguir com a política zero-Covid, além de afirmar que o país irá combater tudo que questionar a estratégia sanitária. A atividade do setor de serviços da China contraiu em abril no segundo ritmo mais forte já registrado, visto que as restrições mais rigorosas da Covid-19 pararam a indústria, levando a reduções mais acentuadas em novos negócios e empregos. O Índice de Gerentes de Compras, também conhecido como PMI, de serviços do Caixin caiu para 36,2 em abril, o segundo menor nível desde o início da pesquisa em novembro de 2005, de 42 em março. O dado continuou bem abaixo da marca de 50 que separa contração de expansão.

Câmbio e juros

O Dólar fechou a semana com alta de +2,16% em relação ao Real, em R$ 5,08/US$. Já a curva DI para o vértice de janeiro/31 apresentou queda de -44bps na semana, atingindo 12,51%.

No cenário internacional, o destaque será a inflação ao consumidor e produtor nos EUA e na China, referentes ao mês de abril. Além disso, também serão importantes os dados de setor externo e crédito na China e produção industrial na Europa.

No Brasil, os destaques serão a ata da última reunião do Copom, a inflação de abril (IPCA), as vendas no varejo (PMC) e volume de serviços (PMS) de março.

Fluxo de estrangeiros na Bolsa brasileira

Nessa semana, o saldo acumulado da movimentação dos investidores estrangeiros na Bolsa foi cerca de -R$ 5,7 bilhões.

Fonte

Valore-Elbrus Investimentos | Modal Mais Investimentos (09.05.2022)

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