Por Heraldo Palmeira
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7 de novembro de 2024

A Semana 50

Tumisu/Pixabay

A Semana 50

(Resumo de Mercado – 24 a 28 de abril e perspectivas para a semana em curso)

Ibovespa: +0,06% | 104.432 pontos

Em semana marcada por dados de inflação relevantes, o Ibovespa encerrou em alta de +0,1% aos 104.432 pontos. No mês de abril, o índice teve alta de 2,5%. Como destaques positivos da semana, tivemos 3R (RRRP3), que subiu mais de 15% após seu resultado do 1T23 surpreender o mercado. Na ponta negativa, Assaí (ASAI3) caiu mais de 5% na semana, com papéis do setor de consumo sofrendo após a queda na confiança do consumidor afetar papéis ligados ao consumo.

No Brasil, o IPCA-15 avançou 0,57% na comparação mensal, levemente abaixo da expectativa. Em relação à variação acumulada em 12 meses, a inflação recuou de 5,36% em março para 4,16% em abril, a menor leitura desde outubro de 2020. No campo político, a atenção segue voltada para o arcabouço fiscal. O ministro do STF, André Mendonça, suspendeu o julgamento dos processos relacionados à possibilidade de exclusão dos benefícios fiscais de ICMS da base de cálculo do IRPJ e da CSLL. O ministro reivindicou o tema para ser julgado no plenário do STF por entender que se trata de questão constitucional. A medida tem sido considerada fundamental na estratégia do ministro Fernando Haddad para aumentar a arrecadação tributária e viabilizar o novo projeto fiscal em debate no Congresso. A equipe econômica pretende arrecadar até R$ 85 bilhões com a iniciativa.

Nos EUA, a temporada de resultados segue intensa, com semana importante de balanços das big techs. Amazon, Meta, Alphabet e Microsoft reportaram seus resultados, que agradaram os mercados com bons números de receita e desempenho no setor de computação em nuvem e publicidade. Nos dados econômicos, o PCE – a medida de inflação preferida do Federal Reserve – continuou a mostrar resiliência, reforçado por um mercado de trabalho ainda aquecido. A leitura reforça a possibilidade de que o Fed deve optar por uma alta de 0,25% na taxa de juros na reunião da semana que vem. O crescimento do PIB no 1T23 apresentou uma expansão de 1,1% em relação ao trimestre anterior. Esse resultado ficou abaixo das expectativas do mercado e representou uma desaceleração em relação ao crescimento registrado em 2022, que foi de 2,1%.

Na China, segundo dados do Bank of America, o volume de empresas (chinesas) que decepcionaram as estimativas foi 3 vezes maior do que as que superaram em 2022. O sentimento negativo tem corroborado para revisões baixistas nas projeções de lucros por parte dos analistas. Além disso, os resultados ruins do lucro industrial da China no 1T23, que caíram -21,4% na base anual, indicam que o governo deverá manter uma política mais expansionista no curto prazo.

O Dólar fechou a semana com queda de -1,22% em relação ao Real, em R$ 4,99/US$. Já a curva DI para o vértice de janeiro/31 fechou -26 bps na semana, atingindo 12,31%.

O saldo acumulado da movimentação dos investidores estrangeiros na Bolsa brasileira foi negativo em cerca de R$1,7 bilhões.

Para a semana em curso, todas as atenções estarão voltadas para as decisões de política monetária no Brasil e nos EUA; esperamos manutenção da Selic no nível atual e alta de 0,25 p.p no juro americano.

Além disso, olhos atentos para os dados de inflação e atividade na Zona do Euro, importantes para os próximos passos do Banco Central Europeu. Nos EUA, ainda, serão divulgados dados relativos ao mercado de trabalho.

No Brasil, após o feriado de segunda-feira, será divulgada a balança comercial de abril pelo Ministério da Economia.

Fonte

Valore-Elbrus Investimentos | Modal Mais Investimentos (02.05.2023)

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