Por Heraldo Palmeira
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7 de novembro de 2024

A Semana 52

Tumisu/Pixabay

A Semana 52

(Resumo de Mercado – 8 a 12 de maio e perspectivas para a semana em curso)

Ibovespa: +3,2% | 108.464 pontos

Em semana marcada pela divulgação de dados de inflação, o Ibovespa encerrou em alta de 3,2% aos 108.464 pontos. A maior alta da semana foi de Yduqs (YDUQ3), que subiu 34,2% após o resultado do 1T23 vir acima do esperado. Na outra ponta, JBS (JBSS3) caiu -11,7% após seus resultados desapontarem os investidores.

No Brasil, o IPCA de abril variou 0,61% na comparação mensal e, na variação acumulada de 12 meses, recuou para 4,18%, dados ligeiramente acima das expectativas. O número reforça que o país segue em um processo – ainda que lento – de desinflação. O Banco Central divulgou a ata da última reunião do Copom, reafirmando a postura mais dura – hawkish – e reconhecendo que a apresentação da proposta de arcabouço reduziu as incertezas em relação à política fiscal.

Nos EUA, o foco da semana foi no impasse do teto de dívida dos EUA, após conversas entre o presidente Joe Biden e líderes do Congresso americano não levarem a uma resolução, elevando temores de um calote sem precedentes – evento com probabilidade baixa de acontecer, mas que não foi descartado nos mercados. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) aumentou 0,37% em relação ao mês passado, com o núcleo ligeiramente acima das expectativas. Já o Índice de Preços ao Produtor (PPI) registrou 2,3% nos últimos 12 meses, a menor variação anualizada desde janeiro de 2021. Os dados sugerem que as pressões inflacionárias na economia do país estão diminuindo gradualmente e, com isso, os mercados precificam que o Federal Reserve corte a taxa dos Fed Funds até o fiim do ano. Mesmo com dados de inflação melhores, as Bolsas americanas fecharam a semana praticamente em linha, ainda impactadas pelas incertezas do teto da dívida.

Já na China, as importações caíram significativos 7,9%, bem abaixo das expectativas, colocando em dúvida a força da recuperação econômica do país após três anos de restrições relacionadas com a pandemia. É esperado um crescimento acima da meta de 5% estabelecida pelo governo para 2023, embora a recuperação deva ser impulsionada principalmente pelo consumo, que continua moderado. A inflação ao consumidor subiu 0,1% em relação ao ano anterior, a taxa mais baixa desde fevereiro de 2021, enquanto o PPI caiu no ritmo mais rápido desde maio de 2020, -3,6% em relação ao ano anterior. Os números sugerem que a economia pode precisar de mais estímulos para reforçar a recuperação da atividade.

O Dólar fechou a semana com queda de -0,6% em relação ao Real, em R$ 4,92/US$. Já a curva DI para o vértice de janeiro/31 fechou -28 bps na semana, atingindo 11,8%.

O saldo acumulado da movimentação dos investidores estrangeiros na Bolsa brasileira foi positivo em cerca de R$700 milhões.

Na semana em curso, no cenário internacional serão divulgados dados de atividade da China e dos EUA; no caso do segundo, destaque também para o pronunciamento de diretores regionais e do presidente do Federal Reserve. Na Zona do Euro, serão publicadas a inflação ao consumidor de abril, produção industrial de março e a prévia do PIB do 1º trimestre. Além disso, terá destaque a divulgação do índice de preços ao produtor na Alemanha.

No Brasil, atenções voltadas para a votação do projeto de lei do novo arcabouço fiscal na Câmara e no Senado. Na seara de indicadores, o IBGE publicará os números da Pesquisa Mensal do Comércio e Pesquisa Mensal de Serviços, ambos relativos a março, e o BCB divulgará o IBC-Br, proxy mensal do PIB, também referente à março.

Fonte

Valore-Elbrus Investimentos | Modal Mais Investimentos (15.05.2023)

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