Por Heraldo Palmeira
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7 de novembro de 2024

A Semana 59

Moerschy/Pixabay

A Semana 59

(Resumo de Mercado – 10 a 14 de julho e perspectivas para a semana em curso)

Ibovespa: -1,0% | 117.711 pontos

Na semana passada, o Ibovespa encerrou com uma queda de 1,0%, chegando a 117.711 pontos, contrariando a tendência positiva dos mercados globais impulsionados por leituras mais favoráveis da inflação nos Estados Unidos. No Brasil, o dado do IPCA acima do esperado reduziu as expectativas de um corte mais acentuado na taxa Selic na próxima reunião do Copom, em agosto. A inflação brasileira recuou 0,08% em junho, um pouco acima das expectativas do mercado (-0,10%) e da nossa estimativa (-0,13%). Com isso, a inflação acumulada em 12 meses caiu de 3,9% para 3,2%. Apesar do processo de desinflação em curso, a inflação no setor de serviços permanece acima da meta, reforçando a perspectiva de cortes graduais na taxa de juros. No âmbito fiscal, o mercado acompanhou as discussões sobre a reforma tributária, que foi aprovada pela Câmara na semana anterior e agora segue para o Senado.

Globalmente, o foco também estava na inflação, com os mercados reagindo aos índices de inflação ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI). O CPI de junho continuou a tendência de queda, registrando 3,0% na variação anual para a inflação geral e 4,8% na medida núcleo. O índice de serviços básicos, excluindo aluguéis, que tem sido mais persistente, também desacelerou para 3,2%. Além disso, o PPI ficou abaixo das expectativas, subindo apenas 0,1% nos últimos 12 meses, o menor ganho desde 2020. Isso indicou um enfraquecimento das pressões inflacionárias nos Estados Unidos, levando os mercados americanos a uma semana bastante positiva, com um aumento de mais de 2%. Os índices europeus também foram influenciados pelo otimismo em relação ao Fed.

Nos Estados Unidos, teve início a temporada de divulgação dos resultados do segundo trimestre, com os grandes bancos americanos liderando, como JPMorgan, Citi e Wells Fargo, superando as expectativas até o momento. De forma geral, espera-se que as empresas listadas no S&P 500 apresentem uma contração de cerca de -6,4%, o que seria a pior temporada desde o terceiro trimestre de 2020. No entanto, o mercado também espera que este seja o último trimestre com queda nos lucros desde o quarto (trimestre) de 2022.

Na China, foram divulgados dados de exportação e importação, que novamente mostraram fraqueza, com queda de 12,4% e 6,8%, respectivamente, na variação anual. Esses dados reforçam o cenário de recuperação mais lenta da economia. No entanto, os índices chineses encerraram a semana com ganhos, impulsionados por notícias de alívio na regulação do setor de tecnologia.

O dólar fechou a semana com uma queda de 1,71% em relação ao Real, atingindo R$ 4,79/US$. A curva DI para o vencimento de janeiro de 2037 fechou a semana com uma queda de 14,5 pontos-base, chegando a 10,79%.

Na Bolsa brasileira o saldo acumulado das movimentações dos investidores estrangeiros foi positivo em cerca de R$ 2,4 milhões. Para os investidores institucionais, o saldo foi negativo em cerca de R$ -3,0 milhões, enquanto para os investidores pessoa física, o saldo foi positivo em R$ 0,6 milhões.

Perspectivas para a semana em curso

No cenário internacional, teremos a divulgação do PIB da China no domingo à noite, o que provavelmente terá repercussões nos preços dos ativos emergentes, incluindo os brasileiros. Na quarta-feira, serão divulgados os dados de inflação na Zona do Euro e no Reino Unido, regiões que, na nossa visão, devem continuar no ciclo de aperto monetário. Nos Estados Unidos, a agenda de indicadores será relativamente leve, com destaque para os dados de produção industrial e vendas no varejo de junho, que serão divulgados na terça-feira.

No Brasil, teremos poucos indicadores relevantes durante a semana. Destaca-se a publicação do IBC-Br de maio na segunda-feira. Estimamos que a proxy mensal do PIB, calculada pelo Banco Central, tenha permanecido praticamente estável em relação a abril (-0,1%). Na comparação com o mesmo período de 2022, esperamos uma expansão de 4,1%. Segundo nossos cálculos, o PIB total cresceu moderadamente no segundo trimestre (0,3% em relação ao primeiro trimestre). Na terça-feira, teremos o IGP-10 de julho, para o qual o mercado espera uma aceleração de -1,0% em relação a junho (-2,2% m/m).

Fonte

Valore-Elbrus Investimentos | Modal Mais Investimentos (18.07.23)

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