Por Heraldo Palmeira
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22 de novembro de 2024

A Semana 65

Peggy/Pixabay

A Semana 65

(Resumo de Mercado – 28 de agosto a 2 de setembro e perspectivas para a semana em curso)

Ibovespa: +1,77% | 117.893 pontos

O Ibovespa fechou mais uma semana no positivo, com ganhos de 1,8% aos 117.893 pontos. No campo externo, os acontecimentos que mais impactaram os ativos brasileiros foram o anúncio de novos estímulos econômicos na China, a divulgação de um mercado de trabalho mais desaquecido nos EUA, assim como uma confiança menor por parte do consumidor. No âmbito doméstico, o Brasil teve a divulgação de dados positivos sobre crédito por parte do Banco Central, a aprovação da Lei Orçamentária para 2024 e a divulgação de um crescimento de 0,9% do PIB no segundo trimestre de 2023.

Nos mercados internacionais, vimos a divulgação de dados positivos quanto à contração do mercado de trabalho divulgados pelo JOLTS e pelo Nonfarm payroll. Esses dados culminaram para uma diminuição da taxa das Treasuries, o que beneficiou os mercados globais de ações. Também vale destacar o aumento em linha do PCE (indicador de inflação predileto do Fed), o que pode trazer dificuldades ao fim do aperto monetário nos EUA.

Do lado positivo, os mercados chegaram a reagir positivamente ao novo estímulo chinês que cortou o imposto para transações com ações no país. Essa política somada à expectativa de novos estímulos foram responsáveis por valorizar ativos ligados à commodities, como PETR4 e VALE3, que acumulam alta de 2,06% e 10,99%, respectivamente, na semana.

Do lado negativo, tivemos a divulgação de um resultado primário abaixo das expectativas, com um déficit de R$ 35,9 bilhões em julho, abaixo do consenso (R$ -33,2 bilhões), e da nossa previsão (R$ -34,7 bilhões). O Senado Federal aprovou o projeto de lei sobre o voto de qualidade pró-governo no CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), o que pode significar uma maior intervenção em estatais.

O Dólar fechou a semana em alta de +1,5% em relação ao Real, em R$ 4,95/US$. Na Renda Fixa, a curva de juros futuros apresentou elevação dos vértices intermediários, enquanto os curtos e longos permaneceram próximos à estabilidade.

O fluxo de estrangeiros na Bolsa brasileira registrou a entrada de capital de cerca de R$ 260 milhões. Já o saldo de investidores institucionais foi levemente negativo, em R$ 7 milhões, enquanto investidores Pessoa Física tiveram saldo negativo de R$ 350 milhões.

Perspectivas para a semana em curso

Na agenda internacional, teremos uma semana relativamente mais calma. O destaque será a divulgação do índice PMI nos Estados Unidos, Zona do Euro e Reino Unido. O índice PMI reflete uma sondagem com empresários sobre as condições econômicas e de negócios nos países. Na quarta-feira, será divulgado o livro bege do Fed – relatório sobre as atuais condições econômicas em cada um dos 12 distritos dos EUA em que o banco central está presente. Na China, sairão os resultados do comércio exterior na quinta-feira, e a inflação ao consumidor e ao produtor na sexta-feira. Estes dados são referentes a agosto.

No Brasil, agenda econômica pouco movimentada em semana de feriado. Como protagonista, teremos na terça-feira a divulgação da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) pelo IBGE, para a qual a expectativa da XP é de queda de 0,5% m/m para a produção industrial, condizente com retração interanual de 0,9%. Na quarta-feira, conheceremos o IGP-DI de agosto, após surpresa baixista no IGP-M do mesmo mês. Por fim, conheceremos as vendas e produção de veículos de agosto, divulgadas pela Fenabrave e pela Anfavea.

Fonte

Valore-Elbrus (04.09.23)

(vinculada à XP Investimentos)

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