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A Semana 70
(Resumo de Mercado – 9 a 13 de outubro e perspectivas para a semana em curso)
Ibovespa: +1,39% | 115.754 pontos
O Ibovespa fechou com um aumento de 1,39%, atingindo 115.754 pontos. Foi uma semana marcada por baixa liquidez devido a feriados nos EUA e Brasil, com foco na divulgação de índices de inflação em ambos os países.
No Brasil, o destaque foi o IPCA de setembro, que subiu 0,26% no mês, abaixo das expectativas da Economia XP (0,32%) e do mercado (0,33%). Na variação anual, o índice de preços passou de 4,6% para 5,2%, indicando uma desaceleração na inflação, mas não o suficiente para acelerar o corte da taxa Selic em 50 pontos-base nas próximas reuniões.
Nos EUA, o CPI (inflação ao consumidor) também apontou para uma desaceleração, com um aumento de 0,4% em setembro, superando as expectativas do mercado (0,3%). O acumulado de 12 meses chegou a 3,7%. A ata da última reunião do Federal Reserve não trouxe surpresas significativas e reforçou a manutenção das taxas de juros em níveis elevados por mais tempo. No entanto, as taxas dos títulos americanos tiveram uma ligeira queda, com a Treasury de 10 anos encerrando a semana em 4,61%, o que contribuiu para outra semana positiva para o S&P 500.
A temporada de resultados do 3º trimestre começou nos EUA, com expectativas de uma pequena expansão de 0,6% ao ano nos lucros do S&P 500. Grandes bancos americanos como J.P. Morgan, Citi e Wells Fargo superaram as expectativas em suas divulgações.
Na China, a inflação permaneceu estável em termos anuais, mas o PPI (inflação ao produtor) caiu 2,5%, aumentando as preocupações com o fraco crescimento econômico. No entanto, notícias de que o governo chinês estaria considerando promover mais estímulos econômicos animaram os mercados.
O preço do petróleo subiu devido ao aumento das tensões entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza. Além disso, as sanções dos EUA a entidades que transportam petróleo russo acima de um preço máximo pressionaram o preço da commodity. O Brent acumulou um aumento de 5,6% na semana, fechando em US$ 91 por barril.
O Dólar encerrou a semana com uma queda de 1,3% em relação ao Real, chegando a R$ 5,08 por dólar. Na Renda Fixa, a curva de juros teve uma queda em relação à semana anterior, principalmente nos vencimentos mais longos, com destaque para a DI Jan/33, que encerrou 13 pontos-base mais baixa, atingindo 11,84%.
A Bolsa brasileira registrou o ingresso de capital estrangeiro da ordem de R$ 700 milhões. No entanto, o saldo de investidores institucionais foi negativo em R$ 200 milhões, e os investidores Pessoa Física registraram um saldo negativo de R$ 760 milhões.
Perspectivas para a semana em curso
Na agenda internacional, diversos dirigentes dos bancos centrais das principais economias desenvolvidas farão discursos públicos, incluindo Jerome Powell (presidente do Federal Reserve), Christine Lagarde (presidente do Banco Central Europeu) e Andrew Bailey (presidente do Banco Central da Inglaterra). Na terça-feira, haverá a divulgação do índice de sentimento econômico da Zona do Euro de outubro, bem como dados das vendas varejistas e da produção industrial dos EUA em setembro. Na China, vários dados de atividade serão publicados, incluindo produção industrial, vendas no varejo e o PIB do 3º trimestre. Na quarta-feira, os destaques são os índices de preços ao consumidor no Reino Unido e Zona do Euro referentes a setembro. Na quinta-feira, o Banco Central da China (PBoC) anunciará sua decisão de política monetária.
No Brasil, os destaques incluem a divulgação de indicadores de atividade econômica referentes a agosto. A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) deve apresentar crescimento do setor terciário na margem, embora em ritmo moderado. O consumo de serviços continua resiliente, impulsionado pelo aumento da renda disponível das famílias e pela queda da inflação de curto prazo. Por outro lado, espera-se uma queda nas vendas varejistas na comparação mensal na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), refletindo sinais mistos nos segmentos de comércio. Além disso, estima-se uma contração modesta no Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) em agosto, revertendo parte do aumento observado em julho. De acordo com os cálculos, a proxy do PIB ficou praticamente estável no 3º trimestre.
Fonte
Valore-Elbrus (16.10.23)
(vinculada à XP Investimentos)