Por Heraldo Palmeira
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7 de novembro de 2024

A Semana 71

Moerschy/Pixabay

A Semana 71

(Resumo de Mercado – 16 a 20 de outubro e perspectivas para a semana em curso)

Ibovespa: -2,2% | 113.155 pontos

O Ibovespa fechou a semana em queda de 2,2% em reais e 1,6% em dólares, atingindo 113.155 pontos. Esse movimento acompanhou as quedas nos índices globais, impulsionadas pelo aumento das taxas de juros no exterior e preocupações com o conflito no Oriente Médio.

Nos mercados globais houve destaque para o discurso do presidente do Federal Reserve Jerome Powell. Ele mencionou que a inflação continua pressionada, sugerindo a possibilidade de futuras altas nas taxas de juros. A taxa da Treasury de 10 anos chegou a atingir 5% durante a semana. A temporada de resultados do 3T23 nos EUA também foi relevante, com a maioria das empresas superando as expectativas de lucros. Além disso, o PIB da China cresceu 4,9% no terceiro trimestre, superando as expectativas, mas o setor imobiliário mostrou fraqueza com uma queda de 10% nas vendas de propriedades.

Em agosto, a política monetária brasileira apontou que o país iniciou um ciclo de queda de juros, historicamente associado a retornos positivos para o mercado de ações. A perspectiva é otimista, considerando que o Brasil está caminhando para sair de níveis de juros restritivos. A taxa básica (de juros) é projetada em 10% no final de 2024 e 9% no final de 2025.

O Dólar encerrou a semana com uma queda de 0,9% em relação ao Real, atingindo R$ 5,03/US$.

A curva de juros teve variações, com queda nos vértices curtos e alta nos vencimentos médios e longos, influenciada pelo cenário global. A DI Jan/33 abriu com um acréscimo de 6 bps, chegando a 11,94%.

Perspectivas para a semana em curso

Na agenda internacional, destaque para a divulgação dos índices PMI de outubro nos EUA, Zona do Euro e Reino Unido na terça-feira. Na quinta-feira, a decisão de política monetária do Banco Central Europeu é aguardada, com expectativa de manutenção das taxas de juros de referência pela primeira vez após dez reuniões consecutivas de alta. Também na quinta-feira, a primeira estimativa do PIB dos EUA do 3º trimestre será divulgada. Na sexta-feira, atenção para a inflação medida pelo núcleo do deflator das despesas de consumo pessoal (PCE) nos Estados Unidos referente a setembro.

No Brasil, destaque para a divulgação do IPCA-15 de outubro na quinta-feira, com estimativa de uma alta mensal de 0,17% (5,00% em 12 meses). Além disso, haverá divulgação de indicadores de setor externo, arrecadação federal e resultado primário do governo central. No cenário político, existe a possibilidade de o relatório da Reforma Tributária ser apresentado no Senado, embora a agenda da Casa possa adiar a apresentação para o dia 1º de novembro. Na terça-feira, a Câmara dos Deputados deve votar o Projeto de Lei sobre a tributação de offshores e fundos exclusivos. No mesmo dia, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado deve aprovar o Projeto de Lei da desoneração da folha de pagamentos. Há também a expectativa da nova composição da diretoria do Banco Central, já que o ministro da Fazenda Fernando Haddad anunciou que os nomes dos futuros dirigentes serão anunciados nos próximos dias.

Fonte

Valore-Elbrus (23.10.23)

(vinculada à XP Investimentos)

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