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A Semana 76
(Resumo de Mercado – 20 a 24 de novembro e perspectivas para a semana em curso)
Ibovespa: +0,6% | 125.517
O Ibovespa estendeu seu rali de novembro mais uma vez, mas perdeu força durante a semana, apresentando leve ganho de 0,6% em reais e 0,5% em dólares, fechando aos 125.517 pontos.
CMIG4 caiu 21,0% na semana devido à notícias de uma potencial federalização da companhia como parte da reestruturação de dívida de Minas Gerais com o governo federal.
Nomes do setor de Varejo, como BHIA3 e MGLU3, também tiveram uma semana volátil, afetadas por expectativas em relação à Black Friday.
PETR3 e PETR4 caíram 4,5% e 3,0%, respectivamente. O mercado repercutiu rumores de que o presidente Jean Paul Prates poderia ser substituído no comando da companhia. Adicionalmente, a empresa divulgou seu plano estratégico de 2024-2028, com algumas mudanças notáveis como um aumento em CAPEX e redução de dividendos.
Na política fiscal, o Ministério da Fazenda revisou o déficit primário de 2023 para um número maior do que a estimativa anterior. Adicionalmente, pelo menos 5 estados anunciaram que vão aumentar o ICMS, o que poderia impactar o IPCA de 2024.
Índices globais fecharam mais altos apesar de baixa liquidez devido ao feriado americano de Dia de Ação de Graças. A semana positiva veio após um movimento volátil na curva de juros americana, com os juros de 10 anos fechando sexta em 4,47%.
Dólar O dólar fechou a R$4,898 na sexta-feira (24.11).
Perspectivas para a semana em curso
Cenário Internacional Os índices PMIs da China serão publicados ao longo da semana. O índice PMI reflete uma sondagem com empresários sobre as condições econômicas e de negócios nos países. Na quarta-feira, destaque para a segunda estimativa do PIB do 3º trimestre dos EUA. A primeira leitura registrou uma variação trimestral anualizada de 4,9%, marcando uma aceleração em relação aos trimestres anteriores. Os principais eventos da semana estarão concentrados na quinta-feira. Serão divulgados os dados de inflação ao consumidor na Zona do Euro referente a novembro, e, nos EUA, a inflação medida pelo núcleo do deflator das despesas de consumo pessoal (core PCE, em inglês) relativa a outubro. Estes dados podem influenciar mais adiante a condução da política monetária nos países desenvolvidos. Na sexta-feira será divulgado o índice PMI para o setor manufatureiro dos EUA.
Cenário Nacional O protagonismo da próxima semana será dado pela divulgação do IPCA-15 de novembro na terça-feira. Já expressando alguma redução de preços pela Black Friday, os bens industriais devem apresentar deflação no mês, assim como os preços da gasolina, puxando o índice para baixo. Por outro lado, o setor de serviços deve acelerar devido à forte variação em passagens aéreas, enquanto preços alimentícios apresentarão aceleração devido ao clima mais adverso no mês. A XP espera alta de 0,30% m/m para o índice, condizente com expansão interanual de 4,81%. Também na seara da inflação, o IGP-M de novembro será divulgado na quarta-feira, mostrando aceleração de 0,66% m/m. Do lado da atividade econômica, conheceremos a criação líquida de empregos formais pelo relatório Caged na quarta-feira, a taxa de desemprego na quinta-feira e os dados de produção industrial na sexta-feira. Nas estatísticas fiscais, teremos os dados de arrecadação federal de outubro já na segunda-feira e o resultado do Tesouro Nacional do mesmo mês na terça-feira. Por fim, no ambiente político, deveremos ter a votação da tributação das offshores e de apostas esportivas no Senado.
Fonte
Valore-Elbrus (27.11.23)
(vinculada à XP Investimentos)