Por Heraldo Palmeira
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21 de novembro de 2024

A Semana 90

Bru-nO/Pixabay

A Semana 90

(Resumo de Mercado – 6 a 10 de maio e perspectivas para a semana em curso)

Ibovespa: -0,70% | 127.600 pontos

O Ibovespa encerrou a semana em queda de 0,7% em reais e 2,3% em dólares, aos 127.600 pontos.

O Copom cortou a taxa Selic em 0,25 p.p., levando a taxa aos 10,50%, conforme esperado. A decisão foi dividida com quatro diretores indicados pelo atual governo votando por corte de 0,50 p.p., pressionando o dólar e a curva de juros. Daqui em diante, o time de Macro XP projeta dois cortes adicionais de 0,25 p.p. e a taxa Selic terminal em 10,0%. O IPCA na sexta-feira veio levemente acima das expectativas, com desaceleração na medida acumulada em 12 meses. Apesar da leitura positiva, ela não foi o suficiente para mudar as perspectivas de juros.

Na Europa, o Stoxx 50 subiu 3,4% em meio a uma temporada de balanços positiva e sinais de que os BCs da Europa e da Inglaterra estão próximos de cortar juros. Os índices americanos também terminaram a semana positivos, refletindo a temporada de resultados e um arrefecimento no mercado de trabalho.

No Brasil, tivemos uma semana muito movimentada de temporada de balanços do 1T24, com mais de 100 empresas divulgando resultados. Até o momento, 112 das ~160 empresas sob cobertura XP reportaram, com 43% superando as estimativas de EBITDA. 44% foram em linha e 14% foram abaixo das projeções dos nossos analistas. Na média, a surpresa positiva do EBITDA veio em 9,7% até o momento.

Ações A maior alta da semana foi Rede D’Or (RDOR3: +14,2%), que além de reportar resultados positivos, também se uniu à Atlântica Hospitais para formar uma joint venture para investir em hospitais. Destaque também para BRF (BRFS3: +9,6%), que subiu após reportar resultados do 1T24 acima das expectativas do mercado. Por outro lado, a Braskem (BRKM5: -17,3%) despencou na semana após notícias de que a Adnoc desistira de comprar parte da companhia.

Dólar O Dólar fechou a semana em alta de 1,6%, aos R$ 5,16/US$.

Juros A curva de juros encerrou em alta. O DI jan/34 abriu 37 bps, aos 11,84%.

Perspectivas para a semana em curso

Cenário Internacional Teremos uma série de dados que podem influenciar a condução da política monetária em países desenvolvidos. Nos Estados Unidos, será importante a fala do presidente do Federal Reserve Jerome Powell, na terça-feira. Em destaque, serão divulgados índices de preços de abril, incluindo inflação ao produtor (PPI) na terça-feira, e inflação ao consumidor (CPI) na quarta-feira. Na Zona do Euro, será divulgada a geração líquida de empregos referente ao primeiro trimestre (quarta-feira) e a leitura final da inflação ao consumidor de abril (sexta-feira). A leitura preliminar registrou variação anual de 2,4%. No Reino Unido, dados do mercado de trabalho serão divulgados na terça-feira. Por último, na China indicadores de atividades de abril serão divulgados na sexta-feira, incluindo vendas no varejo, produção industrial e mercado de trabalho.

Cenário Nacional Destaque para indicadores de atividade. O IBGE publicará os resultados do setor de serviços em março (terça-feira), que devem mostrar virtual estabilidade do faturamento real em comparação a fevereiro. Além disso, o Banco Central divulgará sua proxy do PIB – Índice de Atividade Econômica – referente ao mesmo período (quarta-feira), para o qual estimamos queda moderada.

Fonte Valore-Elbrus (vinculada à XP Investimentos) | 13.05.24

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