Gerd Altmann/Pixabay
A Semana 95
(Resumo de Mercado – 17 a 21 de junho e perspectivas para a semana em curso)
Ibovespa: +1,4% | 121.341pontos
O Ibovespa, pela primeira vez neste mês, fechou a semana em alta de 1,4% em reais e 0,1% em dólares, aos 121.341 pontos.
Globalmente, o destaque desta semana foram os dados econômicos mais fracos nos EUA, com vendas no varejo e produção industrial de maio vindo abaixo do esperado, indicando uma economia mais frágil. Porém, com uma inflação mais controlada, esses dados aumentam a probabilidade de o Fed iniciar o ciclo de corte de juros.
No ambiente doméstico, o foco esteve na decisão do Copom, divulgada na quarta-feira: após 7 cortes consecutivos na taxa de juros, desta vez e de forma unânime manteve a Selic em 10,50% ao ano. O comunicado destacou a incerteza no cenário macroeconômico global, enquanto o panorama doméstico segue marcado por atividade econômica sólida, elevação das projeções de inflação e desancoragem das expectativas, requerendo maior cautela.
Ações O principal destaque positivo desta semana foi BRF (BRFS3: +10,3%), após decisão da China de iniciar uma investigação antidumping sobre importações de carne suína da União Europeia. A alta de 1,0% do dólar também contribuiu para esse resultado.
O principal destaque negativo foi a Azul (AZUL4: -15,8%), após alta do dólar de 1,0%, avanço do preço do Brent de 3,2% e preocupação de juros mais altos à espera da decisão do Copom.
Dólar O Dólar fechou a semana em alta de 1,03%, aos R$ 5,43/US$.
Juros A curva de juros fechou nas pontas mais curtas e mais longas em relação à semana anterior. O DI jan/34 fechou 4 bps, aos 12,03%
Perspectivas para a semana em curso
Cenário Internacional O principal evento será a publicação, na sexta-feira, do deflator dos gastos de consumo (PCE deflator, em inglês) referente a maio – o indicador de inflação preferido do Fed. Além disso, diversos dirigentes de bancos centrais de economias desenvolvidas falarão publicamente ao longo da semana, incluindo o Fed nos Estados Unidos, BCE na Zona do Euro e Banco da Inglaterra no Reino Unido.
Também de grande importância, as sondagens empresariais PMI de junho serão divulgadas nos Estados Unidos e na Europa – o índice PMI é uma sondagem com empresários para entender as perspectivas das condições econômicas e de negócios nos países. Na quinta-feira, destaque para a leitura final do PIB do primeiro trimestre nos EUA. A leitura preliminar registrou crescimento trimestral anualizado de 1,3%.
Cenário Nacional A agenda traz divulgações relevantes para a política monetária. Na terça-feira, o Banco Central publica a ata da última reunião do Copom, onde teremos detalhes sobre a decisão de manutenção da taxa Selic em 10,50%. Na quinta-feira, o Relatório Trimestral de Inflação será publicado pela autoridade monetária.
Além disso, o IBGE divulgará o IPCA-15 (prévia da inflação mensal) de junho na quarta-feira. Em relação ao mercado de trabalho, o Caged deve ser divulgado na quinta-feira, enquanto a PNAD está marcada para sexta-feira. Do lado fiscal, mas ainda sem data definida, o Tesouro Nacional divulgará os resultados do governo central, enquanto o Banco Central publicará as estatísticas do setor público consolidado na sexta-feira. Por fim, e provavelmente com menor impacto nos mercados, o Banco Central publicará as estatísticas do setor externo na segunda-feira e a nota do mercado de crédito na quarta-feira referentes a maio.
Fonte Valore-Elbrus (vinculada à XP Investimentos) | 24.06.24