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As dores da tecnologia
- Heraldo Palmeira
Os distúrbios nos membros superiores são os principais problemas no ambiente da saúde ocupacional. O uso constante da tecnologia e seus dispositivos por longos períodos, algo comum na vida de muita gente, tem como péssimos aliados os movimentos repetitivos e a postura descuidada e estática do corpo, especialmente de mãos e pulsos.
É importante considerar providências simples que podem ajudar, principalmente se a fase de pequenos sinais estiver evoluindo para incômodos constantes, que denunciam o estágio de traumas acumulados nos membros superiores.
A pandemia de covid provocou mudanças radicais no sistema de trabalho humano. A adoção de home office tem acentuado a prática de posturas ruins e longos períodos de imobilidade diante dos computadores e outros dispositivos tecnológicos.
Os chamados distúrbios musculoesqueléticos nos membros superiores assumiram a liderança das doenças ocupacionais, chegando a responder por até 60% dos casos. Também estão na frente das causas de absenteísmo, muito além do que qualquer outra doença.
O uso intenso de dispositivos digitais sem descansos rotineiros pode, além de mãos e pulsos, estender os problemas para braços, ombros, pescoço e olhos, tornando a recuperação cada vez mais difícil e demorada.
Os especialistas afirmam que é imprescindível considerar as pausas durante o uso desses equipamentos e tecnologias e respeitar os sinais do corpo para mudar a postura durante as atividades ou até mesmo interromper as tarefas diante de dores e desconfortos. Até mesmo os microintervalos entre 30 e 60 segundos podem dar resultado, principalmente em casos de longos períodos de digitação.
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